OCINÓRI - A Tasquinha do Irónico

sexta-feira, fevereiro 13, 2015

LÁ EM PORTUGAL


O produto português cresceu 0,9%. em 2015.

No meio de tantas afirmações, umas eufórias, outras catastróficas, pergunto:

- quando chegaremos ao nível actual dos nossos parceiros?

sexta-feira, janeiro 16, 2015

LÁ NA DINAMARCA

Aqui está um retalho da manta que se diz ser a Europa; ou, pelo menos, uma amostra de um retalho.

Relativamente a algumas coisas que deveriam ser banidas da nossa sociedade ouvíamos dizer "lá fora não é assim".

Agora que percebemos que os espanhois, os franceses, os italianos os ingleses,os alemães "afinal" também têm "estes" defeitos passou a dizer-se: "no Norte da Europa não é assim".

Lá são desinteressados dos bens materiais, não há corrupção, consumismo, infidelidades, mentiras.
Ai sim?
Esta série pode representar uma pequena fresta sobre uma civilização da qual não conhecemos muito, é verdade! - mas através dessa fresta ficamos a saber que os humanos não são assim tão diferentes....

Em exibição na RTP2 depois do programa de noticias à noite. É ver antes que acabe.

Também aqui:
http://www.rtp.pt/play/p1774/e179080/borgen


sábado, dezembro 06, 2014

COMO VAI


Vai assim:

"A cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança."

José Saramago

Parabens porquito

segunda-feira, setembro 15, 2014

PARABÉNS AO GOVERNO DE PORTUGAL

Parabéns:
apagaram a justiça (Ainda mais)

Parabéns:
deram cabo do inicio do ano lectivo (outra vez)

Parabéns:
fomentam um clima de pessimismo em quem tenta fazer alguma coisa disto.

ESTAMOS À ESPERA DE QUÊ?

sábado, setembro 06, 2014

MAU DEMAIS

Eis como um ex administrador não executivo do banco mau mau afirma que não serve para nada.


http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/nuno-godinho-matos-seis-anos-entrei-mudo-saia-calado-bem-todos-os-administradores/pag/-1

"
Para que serve, afinal, um administrador não executivo?

Os administradores não executivos são verdadeiros verbos de encher.

E os conselhos de administração alargados?

Também.

Como advogado, como administrador não executivo, como cidadão, como explica a existência de um conselho de administração, uma comissão executiva, auditores internos, auditores externos, Banco de Portugal, CMVM, um Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria, uma Ordem de Revisores Oficiais de Contas, entre outros organismos de controlo e supervisão, se, na prática, há falhas tão flagrantes e não há responsáveis?

(Ri-se um bom minuto) A sua pergunta encerra mil e uma perguntas. Ainda sobre os não executivos e independentes - que eu entrei pela quota dos independentes: teoricamente, estes administradores foram concebidos para serem pessoas que, não dependendo de qualquer interesse do banco, por isso têm outras fontes de rendimento, têm uma capacidade de controlo diferente. Só que para ter capacidade de controlo, é necessário trabalhar no local. Se eu tiver um gabinete, os funcionários tiverem o dever de me reportar o que fazem, se eu tiver a faculdade de pedir esclarecimentos, inspeccionar e discutir o que está a ser feito, se for um fiscal, aí poderei aperceber-me de eventuais irregularidades. Se nada disto acontecer, e nada disto acontece, é óbvio que os administradores não executivos são um detalhe, um acessório na toalete de uma senhora.

Um acessório que custa quanto?


É barato. No caso do BES, que é o que conheço, recebiam a senha de presença, que dava, líquido, cerca de 2400 euros por reunião de conselho de administração, ou seja, entre 10 a 12 mil euros por ano. Os executivos é diferente mas, esses sim, estão dentro da vida inteira do banco."

Espero, no mínimo, que isto dê em fuzilamento.

quinta-feira, dezembro 12, 2013

A SALVAÇÃO?




O estado a que chegámos.

Parabéns atrasados, porquito.

terça-feira, novembro 05, 2013

REVOLUÇÃO - A ÚNICA SOLUÇÃO


Hoje de manhã abro o Publico com estas três noticias e percebo a gravidade do momento que a civilização, como a concebo, atravessa.
Entre o acordo ortográfico que só gera desacordo, um ministro da educação que se serve, no exercício de funções, de comparações excessivas; o Nicolas Maduro, vestido com um fato de treino amarelo, a querer mudar a data do Natal é a coisinha mais "normal" que vejo.

...ah, algures na página principal também estava uma fotografia com a cara do Jorge Jesus




http://www.publico.pt/mundo/noticia/maduro-decreta-que-o-natal-na-venezuela-e-em-novembro-1611390

quarta-feira, dezembro 05, 2012

HOJE

Parabéns porkito.
Hoje seria o dia?
Sabes em que estádo se encontra o mundo?
O estado a que chegou o nosso país nunca nos passaria pela cabeça naquelas conversas inetrmináveis que tínhamos.
Os governantes parecem uns garotos perdidos.
Tem que se fazer uma revolução.

segunda-feira, outubro 08, 2012

ENSAIO SOBRE A MERDA

Recebi isto por email.
O nome é da minha responsabilidade, mas sinceramente foi o que me ocorreu.
Desafio as mentes corajosas que frequentam este local, se ainda alguém o faz, à aventura de ler tudo. Lê-se de uma assentada.


O inteligente Borges inventou um estratagema para pôr os
trabalhadores, já na penúria, a financiarem as empresas através do
aumento dos descontos para a segurança social e a redução da TSU. A
ideia "extramente inteligente", não fosse ela do muitíssimo
inteligente Borges, nunca tinha sido experimentada em lugar algum. Os
empresários, como todo o resto do País, foram contra. Não por uma
questão de solidariedade, mas porque acham que trabalhadores falidos
são consumidores falidos. Pensam que não há exportações que nos salvem
da destruição do mercado interno. Os ignorantes tiraram assim ao
espantosamente inteligente Borges o Nobel que lhe estava reservado.

O tremendamente inteligente Borges é demasiado grande para este País.
Tem de lidar com gente ignorante que não passaria no primeiro ano do
seu curso, disse ao lado do genial ministro que fez de uma assentada
um curso inteiro. Porque voltou o barbaramente inteligente Borges para
a piolheira? Porque também o mundo é demasiado pequeno para ele. O FMI
despediu-o por ser inteligentemente incompetente. Ninguém sabe o que
fez, durante dois anos, como vice-presidente da Goldman Sachs (um
entre centenas), o grupo financeiro que ajudou o governo grego a
enganar a Europa e que mais responsabilidades tem na crise financeira
internacional. Terão sido, com toda a certeza, coisas inteligentes.

Como Chairman da Hedge Fund Standards Board, deu uma entrevista à BBC.
No Hard Talk, o estrondosamente inteligente Borges tentou explicar a
Stephen Sackur os seus inteligentes pontos de vista sobre ética e a
utilidade para a economia das suas funções. Perante olhos mais
ignorantes, a prestação foi desastrosa e esclarecedora. Como acontece
por vezes aos intelectualmente mais dotados, dava a ideia de estarmos
perante um pateta que deixava clara a obscuridade imoral do seu
ofício.

Incompreendido lá fora, porque o avassaladoramente inteligente Borges
vive à frente do seu tempo, regressou ao cantinho que o viu nascer.
Passos Coelho contratou-o para tratar das privatizações. Que não têm,
como se está a ver na TAP, corrido muito bem. É o problema de lidar
com investidores externos não menos ignorantes que os empresários
domésticos.

Desde que chegou, o tragicamente inteligente Borges tem dado
inteligentes opiniões. Que os salários dos portugueses têm de baixar e
que quem acha que os portugueses não têm de apertar o cinto está um
bocadinho a dormir. Palavras do deprimentemente inteligente Borges,
que saca, todos os meses, 25 mil euros aos contribuintes. Que a RTP
devia ser concessionada, ficando as despesas para o Estado e o lucro
para quem agarrar a mesada, propôs o pateticamente inteligente Borges.
Que as despesas com os funcionários públicos correspondiam a 80% dos
custos do Estado, um número assim um bocadinho para o exagerado, mas
natural em alguém que, absorto no seu próprio brilho intelectual, não
perde tempo com minudências. De cada vez que o incontinentemente
inteligente Borges abre a boca cria um drama no governo. Diria
Tchekhov: "que sorte possuir uma grande inteligência, nunca lhe faltam
asneiras para dizer".

Nunca duvidei, como por estas linhas fica claro, da incomparável
genialidade do inteligente Borges. O problema são os políticos, os
empresários, os trabalhadores, os portugueses, o FMI, os mercados, os
jornalistas, a BBC, Portugal e o Mundo. Neste País, António Borges
foi, em tempos, vendido como um homem de autoridade técnica
incomparável. Exposto o produto na montra pública dos media,
percebe-se finalmente o seu valor. Aquilo é areia demais para a nossa
camioneta. Areia que nos sai cara.


Daniel Oliveira - Expresso, 01/10/2012

terça-feira, setembro 18, 2012

A HORA ESTÁ A CHEGAR


Irlanda: 85 mil milhões de euros.
Portugal: 78 mil milhoes de euros.
Grécia: primeiro resgate de 110 mil milhoes de euros mais perdão de 50% da dívida mais segundo resgate no valor de 130 mil milhões de euros mais  avizinha-se 3ºresgate mais instabilidade política.
Alguém consegue colocar estes três no mesmo saco?
Bem, eu, como não sou doutorado nem tenho acessores doutorados, tive umas ideias estúpidas. Estava a pensar em aumentar o prazo do resgate a Portugal em, pelo menos 10 anos e estava a pensar em reduzir os juros para 1%. Com estas duas medidas ameniza-se o esforço com o serviço da dívida e podem, assim, canalizar-se recursos para o investimento e o emprego. Também estava a pensar em anular pelo menos metade da nossa divida externa, benesse igual à que os países da UE, Portugal incluido, concederam à Grécia. Desta forma, o sufoco que representa a dívida externa, seria muito consideravelmente aliviado.
Claro que, como a História nos tem provado, a malta não aprende com as experiências, mesmo com as más experiências. Assim, teriamos que blindar a constituição: limitação no acesso a cargos públicos (1 mandato), avaliação do exercício de cargos públicos - e consequente responsabilização. Establecimento de limites ao endividamento, a entidades públicas e privadas. Primeiro poupas e só depois gastas - e só se te deixarem; e não ao contrário: primeiro gastas e depois logo vês como pagas.
Também estava a pensar em establecer regras para que os beneficiários de prestações sociais possam, de alguma maneira, retribuir ao Estado o dinheiro que recebem.
Como dizia Medina Carreira há uns dias, o nosso mapa municipal foi desenhado no séc XIX e, a propósito disto, estava a pensar em acabar com uma série de câmaras municipais, desonerando o Estado Português de uma série de portas para o desperdício. Nem todo o poder deve ser descentralizado, mas aquele que o deve seria entregue a estruturas regionais de gestão profissionalizada. No fundo, presidentes de câmara mas com maior amplitude regional, a que seriam entregues objectivos bem concretos e formalizados e, no final de funções seriam avaliados.
Também tive uma outra ideia que, modéstia à parte, considerei brilhante: os pareceres do Tribunal de Contas serão vinculativos, quer dizer os gestores publicos que forem apanhados a roubar não podem simplesmente rir-se dos pareceres e a impunidade acabará.
Há uma outra ideia que me acompanha há algum tempo. O voto, mais do que um direito dos cidadão, será obrigatório. O exercício do ponto mais alto da nossa cidadania deixa de ser facultativo. Depois de se desenvolver um sistema de informação que permitirá ao Estado conhecer-se a si próprio, todas as pessoas e instituições, devidamente recenceadas, serão melhor conduzidas no exercício da cidadania; quer dizer: todos poderão ter um propósito e  conhecer o as possibilidades e grau de atingimento desse propósito.
Acho que isto tudo é simples e lógico. A hora está a chegar.
Para terminar, se alguém estiver preocupado com o destino dos presidentes de câmara que deixarão de ter o que fazer, apenas digo que há muito que fazer, muito mais do que mandar nas câmaras. Há trabalho para fazer.

terça-feira, setembro 11, 2012

A HORA ESTÁ A CHEGAR

Chegámos ao ponto em que não se volta para trás. O porta voz do governo de Portugal está completamente desacreditado por conspurcar a cidadania em cada aparição. Os cuidadores das finanças publicas são defensores sem escrúpulos das grandes corporações. O poder político está circunscrito a uma elite proteccionista que transfere o acesso ao poder genética e  genealogicamente. A democracia social está transformada numa oligarquia conservadora, egoísta em que "os mercados" são a justificação para a ultrapassagem de todos os limites de decência. A honestidade foi banida: desapareceu suavemente sem que ninguém reparasse. É total a impunidade dos saqueadores que martirizam as vítimas com pequenas mas eficazes dentadas.

A hora está a chegar.

Começo a passar lustro às minhas botas, a abastecer a dispensa. Quando chegar o momento, saberemos que devemos marchar até à capital e tomar a solução nas nossas mãos. Devemos preparar-nos para o pior. Será ao murro, ao pontapé. Sem armas, será bonito. Quero enfrentar de igual para igual os saqueadores. Eles têm nome, têm corpo, cheiro, calor, suor e sangue.

A hora está a chegar.

terça-feira, julho 31, 2012

QUEM ERROU NAS CONTAS?

Pergunto-me se há cinco anos previsse no que este mundo se tornou se seria credivel. Há cinco anos perguntava-me se era plausível o estado de coisas, se fazia sentido, se era sustentável e sobretudo, se seria aritmeticamente suportável.

A ganância dos comilões, a ambição dos tipos que, através da obtanção de cargos com responsabilidade, exerceram, durante décadas, como se detivessem poderes ilimitados e inconsequentes. E eu perguntava-me se isto aguentaria. Pois se não era com os resultados do que produzíamos ou aforrávamos que se sustentava o consumo - mas sim da utilização de plafonds de endividamento.

Perguntava se quando se esgotasse a capacidade de endividar - capacidade essa caucionada a pior ou melhor sistema de garantias: hipoteca, penhor, fiador, o que fosse - se não teria um fim, este viver que tinha dado origem a um novo modo de viver que eu não via como podendo ser pouco mais do que temporário. 

Várias cabeças pensantes que sempre reputei de credíveis ou, pelo menos, sempre tive bem alto na escala da consideração, me respondiam que não poderia ser assim tão simples, pois havia leis, mecanismos de mercado, sistemas de compensação e ciclos de crescimento de saldo positivo. Várias vezes calei-me - desconsolado.

Pois não é que o limite foi atingido? Bateu-se na parede e não dá mais. Demorou mas finalmente precisámos de dinheiro para pagar as contas e ele não estava lá. Vergonhosamente ajoelhámo-nos e pedimos mais aos ricos - para nos dar na boca. Deram: mas sob compromisso de gastar com critério. E até mandam regularmente cães de fila para aferir a acertada alocação da despesa. Qual pai que controla a mesada que dá ao filho. Vergonhosamente. É nisto que estamos.

Mudámos de governo: mais do mesmo. Todos os prémios nobel opinam. Todos os ex decisores vêm dizer que afinal se provou terem razão. José Barroso desfila um discurso de optimista profissional. 

Só agora, que finalmente estamos a pagar os ifone, ipades, os ctdis os laptops e todas as porcarias caducas em que desbaratámos quantias inacreditáveis de fundos, só agora sentimos o preço - e a dificuldade em pagar. Para isto não deveria existir o direito à auto determinação. Para destruir a liberdade e activar a dependência, a ditadura do mais selvagem e humilhante capitalismo, não! Para ter falta de juizo devia ser necessário um visto bom do tribunal de contas.

Eu até advogava que tirassem de lá os doutorados, que, para isto, não são necess+arios doutoramentos. Mas se isso sognificar povoar o governo com relvas e outras daninhas, ISSO NÃO!


terça-feira, julho 17, 2012

RELVAS




Baza

sexta-feira, março 09, 2012

DEZ ANOS DEZ - ESTÓRIA DE UMA TOURADA

Em 2003 um sistema sem cara, sem pele, sem voz, uma vida artificial resultante da conjugação de zeros e uns decidiu que eu deveria entregar um tributo ao estado português. De acordo com a lei deveria pagar cerca de mil contos. Decisão, de zeros e uns, cega, vinda da letra de uma lei fria e ardilosa - cai na armadilha.


Recorri aos mais titulares dos cargos mais elevados que enviaram resposta via subalternos: "muito nos honra informar que a sua pretensão carece de fundamento legal".


O contencioso com o estado representa um crescimento da exigência. Não pagar significaria que seria catalogado, enviado para uma lista negra e mais e mais penalizado ainda. Paguei. Gigante desconsolo.


Tentei esquecer - com os anos esbateu-se; mas não se esquece. Á beira do terminus da possibilidade temporal de recurso judicial, ganhei novo fôlego. 


Muni-me de causídico e fomos à disputa. Expliquei tudo direitinho à sra juiza. Nervosinho, renasceu a indignação, o sentimento de injustiça e a certeza de ser um meco: alvo de notificações, citações e intimações do sistema: o culpados de todos os males e bens. O sistema. Expliquei que o fisco deu instruções e que actuei de acordo com as mesmas - não obstante essas instruções contradizerem o dito pela lei num momento - preciosismo que custou mil contos - ao meco.


O fisco disse-me que eu estava errado. O subalterno do secretário de estado também. O subalterno do director de serviços também. A associação dos tecnicos de contas também. Excepto o sentimento de desconsolo expresso pelos ultimos, todos tiveram a grande honra de serem incumbidos de me mandarem à merda.


Expliquei à sra juiza que tinha feito tudo by the book mas que pelos vistos havia 2 books. Expliquei a economia factual e a sra juiza quis saber tudo certinho. O fisco não pôs lá os pés. Não sei quem é a pessoa: o representante da fazenda publica. Deve ser um Senhor.


A sra juiza deu-me razão.


Mas o Senhor recorreu: alegou que teria sido mal citado. Faz hoje uma semana que o Supremo Tribunal Administrativo se deu ao incómodo de vir dizer que eu tenho mesmo razão. 


Resta-me agora implorar que a sentença seja cumprida. Quero o guito, os juros, as custas e ainda deveriam premiar o meu amigo causídico. E deviam pagar-me as noites que não dormi e as interferências que esta tristeza causou. A culpa é do tal sistema. Que quando não funciona, o computador também não.


Afinal sempre há mais vidas. Trocava esta por outra.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

ELES É QUE SÃO OS MAUS



Apresentação de contas dos bancos portugueses: sangue. Esta malta  tem andado a produzir obesos lucros às custas do roubo a cidadãos e de esquemas legais de evitanço de tributação.

Ao apresentar resultados negativos, vieram unânimemente dizer que estes se devem à obrigatoriedade de reconhecimento de imparidades imposta pela troika. Parece que a troika é má e afinal não terá havido prejuizos - houve, sim, um tal “reconhecimento” de umas tais “imparidades” mas foi porque a troika mandou!!!

E tão grande é a preocupação com os reconhecimentos impostos pela troika... e então as normas contabilísticas???? Essas contas devem conter cá cada martelada que só pensar nisso já arrepia.

Sejamos claros. É natural e expectavel que esta malta perca dinheiro num contexto como o que atravessamos. As tais imparidades passam por duas coisas fundamentalmente:
- o registo, nas contas, das dívidas por cobrar (financiamentos concedidos) mas que não estão a ser cobradas ou de elevado risco de incobrabilidade
- o registo, nas contas de activos detidos sobre terceiros, por exemplo dívida sobre o estado grego, acções do bcp, coleccções de arte do joe berardo, muuuiitos imóves - mas cujo valor actual de mercado é comprovadamente muuito inferior ao preço pago na aquisição

Quando os activos valorizaram por via da especulação, até se babaram! E não faltaram os mecanismos legais de fuga ao fisco.

Bom, mas esta gente não dorme e já saiu lei que lhes vair permitir reportar prejuizios fiscais por vinte anos. É de bom tom mencionar que o comum dos mortais não ultrapassa os seis. Quer dizer, fiscalmente, aos lucros de obtiverem no futuro - e irão obtê-los concerteza a avaliar pelo ritmo com que inventam novas formas de roubo e extorsão - irão deduzir as perdas que agora estão a ter. O comum dos mortais tem limitações severas à dedução de prejuizos, mas os bancos não, coitadinhos.

Metam mas é as imparidades num sítio onde o sun don’t shine.

terça-feira, janeiro 31, 2012

PARA LÁ E PARA CÁ

Como sentir ânimo?
Um dos assuntos sobre o qual tenho vindo a reflectir é o dos transportes. Estamos cheios de estradas, autoestradas, IPs, ICs, scuts, ruelas e estradas. O nosso instituto de estradas não tem presidente. Temos carris com fartura, comboios mais que passageiros, linhas de alta velocidade lenta, catenárias no alentejo e algarve - para nem inglês ver. Temos aeroportos onde realizamos obras ao mesmo tempo que delineamos a sua obsolescência. Temos tudo, queremos mais ainda. Andamos à deriva: derivamos de carro, camião, autocarro, comboio e avião.
Talvez seja a hora de pensar que Portugal deveria ser apenas um país de estradas. Exclusividade do transporte rodoviário. Pode parecer redutor, desinteligente, inorgulhoso, apatriota. Temos que ter o que: 1) efectivamente necessitamos; 2) sejamos capazes de pagar; 3) mesmo assim garanta um nível de serviço de boa qualidade.

Transporte aéreo: a TAP é uma empresa com um serviço de superior qualidade reconhecida. Mas a cada segundo sangra.
Transporte ferroviário: excluindo algumas linhas suburbanas e ainda menos linha nacionais, a cada minuto sangra.
Transporte aéreo: a TAP pode ser razão de orgulho para alguns - mas a que preço?

O transporte rodoviário é o mais abrangente, flexivel, universal - e é sempre a alternativa quando o comboio avaria; ou naquela vez que o vulcão parou os aviões.

É apenas uma reflexão. Pode começar por saber mal mas é onde tenho chegado.

Falta-me o meu mais sério companheiro de reflexões. Viajou e ainda não voltou.

quarta-feira, outubro 19, 2011

MAIS CAVACO, SEMPRE CAVACO



Pelo menos desde 1986 me lembro de levar com o Cavaco nas costas. Quando foi primeiro ministro usufruiu de condições únicas e irrrepetiveis, com os milhoes que jorraram de Bruxelas, para fazer algo por este país. Assistimos a um fenómeno curioso: todo o empresário que se prezasse nessa altura mandou importar um mercedes com 20 anos da Alemanha. Acabou de construir a A1, distribuiu pipas de massa por amigos, investiu e deu a invertir no BPN, comprou uma casa no Algarve, que mais tarde trocou por uma maior e como é leigo em fiscalidade beneficiou de um regime em que não pagou peva de impostos. Belos tempos de fundos comunitários em que qualquer traque de qualquer empresazeca era logo subsidiado a fundo perdido. Lembro-me, também que se curvou perante uma PAC que promoveu o abandono das terras e o abate dos barcos de pesca. Lembro-me também que teve uma polítca de Educação ultra contestada - e já esquecida. E também me lembro que forneceu aos trabalhadores do estado gigantes pacotes de benefícios. Vede a curva da divida publica nesses tempos. Vede.

Poço de Boloqueime passou a chamar-se Fonte de Boliqueime.

Tudo começou aí. Depois veio o simpático Guterres que só queria era falar, falar; depois o Durão Barroso, que fugiu de tanga para Bruxelas. Depois calhou-nos na rifa o santana. Entretanto o santana já se aposentou, depois tentou ser presidente de Lisboa, depois passou a ser advogado e agora é o rei da santa casa. Continuando: depois veio o Socras que tomou algumas medidas corajosas - só não tomou foi os comprimidos para a esquizofrenia. E agora temos um Passos Coelho. Faremos o balanço daqui a uns meses.

Mas esta posta era sobre o cavaco.

Pois como ele (cavaco) naquele célebre natal (de que ano?) não chegou a engasgar-se com o bolo rei, tornou-se presidente de todos os portugueses (menos eu). E como ele agora não pode fazer nada e quando pôde só fez merda, fala fala fala para justificar o salário que lhe pagam. Fala sobre vacas que riem, e hoje veio falar sobre equidade fiscal, ele, que diz não saber nada de fiscalidade. Aníbal, escuta uma coisa: foste tu um dos obreiros do país que temos. E a malta está a ver se se desemerda disto sem ter que vender a mariani á merkel, tás a ver?

PUBLICO E PRIVADO


Como dizia Paulo Macedo, os bens públicos não são de ninguém e muito menos do governo: são de todos. Ter a responsabilidade de os administrar, digo eu, é uma responsabilidade imensa. O que temos assistido nos ultimos 30 anos e exactamente uma irresponsabiliadde imensa. Essa irresponsabilidade bateu no fundo: isto já não aguenta mais.


Fiquei chocado, supreso e mesmo magoado com as medidas anunciadas de cortes de subsídios de férias e natal para os trabalhadores do sector publico administrativo e empresarial do estado. Chega a ser dramático e infelizmente mostra o ponto a que chegámos. Estamos de rojo, de mão estendida.


Mas ainda fico mais magoado quando vejo gente a olhar à volta e a dizer que se levam porrada, então os do sector privado também têm que levar de forma igual. Pois seja. Até há pouco tempo, um trabalhador do sector privado tinha que trabalhar mais 10 anos do que um do sector publico - para se reformar. E quando atingisse o tempo de reforma ainda era penalizado monetariamente. Os sistemas publicos como a ADSE, nunca foram sustentáveis. Eram financiados com o OE. Nunca tive oculos escuros comparticipados, nem tratamentos de algas, nem as regalias para toda a familia que a ase dava e ainda dá, embora menos. Para progredir na carreira, o gajo á minha frente que que ser despedido, morrer ou ele próprio progredir, se tiver para onde. Isto se as chefias não decidirem recrutar ninguém- E se a possibilidade de progressão couber a mim, passarei por avaliações. Isto não é automático. Motivação? +É como o pirilau, cada um tem o seu.


Por isso, franciscos louçãs deste país, sindicalistas e outros que tais, olhem à volta e percebam que ainda falta um longo caminho na senda do nivelamento entre publico e privado! Nunca desejei que retirassem beneficios ao sectro publico, que o privado não tinha; quis que dessem ao sector privado o que o publico tem mas percebi logo que nunca seria possivel.


E aos defensores da abolição completa dos 13º e 14º meses, sob o argumento de que na Suécia não há nada disso e que nós, para sermos avançados também não deveríamos ter, respondo-lhes com uma colagem de uma pessoa que muito admiro: meninos, isso é confundir cagalhões com marmelos!

OE 2012


Para isto não era necessário um ministro doutorado!

Metam-me lá a mim, que sou analfabeto que também sei subir impostos e cortar salários à tesourada!

quarta-feira, outubro 12, 2011

BLOCO DE TRAQUE

“O desempregado pode ser obrigado a trabalhar gratuitamente para uma qualquer entidade social ou no privado”, acusou Francisco Louçã, referindo que o PES traz decisões para a política social que “nunca tinham acontecido em Portugal”.

Durante o segundo comício em plena época de férias, integrado na iniciativa “Portugal não tem solução?”, Francisco Louçã referiu que “o Governo está a estudar a ideia para os desempregados terem de vir a trabalhar gratuitamente no sector privado, ou seja, poderem vir a limpar o chão numa empresa”. No seu entender, a política social está a ser “cruel” para as pessoas.

Foi há umas semanas que isto se passou. Estou cada vez mais desencantado com o BE. E com o FL também. Minha gente: acordem que eu dei-vos o meu voto mas não foi para isto: FOI PARA SER ÚTIL!!

Se for preciso limpo um chão. Uma parede. Conduzo um carro. Desmonto um computador. Dou formação. Recebo formação. Trabalho que nem um cavalo. Os tempos não estão para outra coisa. Obviamente que trabalho grátis no Estado é coisa que não existe.

DÁ-ME COM FORÇA

TRANSCREVO:

O Tribunal da Relação de Évora decidiu reduzir para 800 euros de multa a pena de um homem que tinha sido condenado a um ano e meio de prisão por agredir a mulher com uma cadeira.

Na primeira instância, o Tribunal Judicial de Setúbal aplicara uma pena de um ano e meio de prisão, com pena suspensa, condenando o arguido por um crime de violência doméstica.

A suspensão da pena ficava dependente do pagamento de 8.000 euros à vítima.

O arguido recorreu e o Tribunal da Relação decidiu condená-lo apenas por um crime de ofensa à integridade física simples, em 800 euros de multa, e fixou em 500 euros o valor a pagar à mulher, por danos não patrimoniais.

O tribunal deu como provado que desde 2004 o arguido em “diversas ocasiões desferia murros e pontapés” e injuriava a mulher, com quem era casado há mais de 30 anos.

A 06 de Junho de 2008, o arguido, agricultor, agrediu a mulher com uma cadeira, dando-lhe uma pancada no peito e provocando-lhe uma contusão da parede torácica, um hematoma na região frontal e na mama e escoriações nos lábios e cotovelo.

Segundo a Relação, esta agressão “não foi suficientemente intensa” para justificar a qualificação do crime como violência doméstica.

O mesmo tribunal diz ainda que a descrição, que consta na sentença da primeira instância, sobre a alegada conduta violenta do arguido desde 2004 “mostra-se algo indefinida, vaga e genérica”.

“Não esclarece o número de ocasiões em que as agressões ocorreram, a quantidade de murros e pontapés em causa ou qualquer elemento relativo à forma e intensidade como foram desferidos, ao local do corpo da ofendida atingido e suas consequências, em termos de lesões corporais”, refere.

Tendo em conta que o arguido é delinquente primário, que já não vive com a mulher e que “apenas se provou em concreto uma agressão”, a Relação considera que a pena de multa “satisfaz as finalidades da punição, isto é, a protecção de bens jurídicos e a reintegração do arguido na sociedade”.

Pois então, senhores desembargadores, não lhe deu com força suficiente. Talvez se a matasse á porrada seus cabrões, já se aproximasse da vossa visão distorcida de violênca.

domingo, setembro 11, 2011

É MESMO ASSIM

Este paleio aparece em alguns documentos bancários de transferências SWIFT. Calmamente os americanos comem por uma ponta e os alemães por outra.


Os seus dados pessoais serão tratados automaticamente pela Society for Worldwide Interbank Telecommunication (SWIFT), com sede na Bélgica, para efeitos de realização do seu pedido de transferência financeira. Há uma transmissão de dados pessoais para o centro operacional da SWIFT, nos Estados Unidos da América, o qual está sujeito à legislação norte-americana.
Nesse sentido, os dados pessoais, relativos à transferência que efectuar, poderão ser acedidos pelas autoridades dos EUA para fins de combate ao terrorismo.
Poderá aceder ou rectificar os seus dados pessoais em qualquer agência do [banco], contactando para esse efeito o seu gestor de conta.

terça-feira, julho 26, 2011

Li isto no jornal de Negócios online:

"Enquanto me lembrar do que é que o mercado de capitais me fez, eu não quero voltar ao mercado de capitais", afirmou hoje Fernando Ulrich, presidente do BPI.

Uns minutos antes ouvi na TSF o mesmo Fernando Ulrich a fazer umas declarações sobre esses tais banqueiros maus. E a dizer que a troika também é má.

Homem:
TU ÉS UM BANQUEIRO!
TU és "OS MERCADOS"
ANDAS A DRUMIR OU QUÊ???

E como o teu banco está teso que nem um carapau, dizes esses disparates??

Se enxerga, vai!?

terça-feira, julho 12, 2011

AINDA HÁ QUEM REGRESSE DAS CINZAS

Recordações de uma época muito boa.
Fricks, punks, discoteca states, experiências, conhecimentos, gente interessante e muitos mais desinteressantes, esplanada do académico, ramones, dead kennedys, sex pistols, passeios à noite na baixa, regresso de celas de madrugada, e muito mas muito metal!!!





Punks not dead!

terça-feira, junho 21, 2011

AGORA MESMO

O Verão chegou!!!

terça-feira, abril 12, 2011

O FIM DA PICADA

Eis onde nos situamos.
Toda a minha vida ouvi dizer que o 25 de Abril, mais do que uma mudança de regime, tinha sido um ganhar de vida nova. A liberdade ganha representava, então uma bondade impossível de medir. Antes, não se podia falar. Antes, o povo vivia mal. Antes, subsistiam apenas os pactuantes do regime. Antes, nem se podia usar bikini. Antes, não se podia circular, nem negociar, nem expressar, nem havia oportunidades.
Nasci em 76 e faço parte duma geração a quem muitas vezes não é reconhecido o direito de opinar sobre isto. Posto o 25 de Abril, podemos não ter mais nada, mas temos o direito a opinar. Até demais. Os contemporâneos ou, porque não dizer, os operários, dessa mudança de regime, fizeram parir uma sociedade em que se constata, olhando à volta, um consumismo desenfreado e que não pode parar em nome da não estagnação económica. Não ter acesso a bens é encarado como um regresso ao passado mau. Vivam os TDIs, os dvds, as playstations, os touchscreens, os smart phones, a banda larga, o 3G os iphones, os ipads e todas as mega i-merdas pagas em prestações com juro implícito à taxa cega pelo desejo de consumir.
Pensava que era tão ingénuo! ...pois não entendia como é que as margens podiam continuamente afastar-se sem que nunca perdessemos o apoio e caíssemos no buraco. Pois agora não chegamos a nenhuma da margens. Num Lucky Luke li há muitos anos: primeiro disparas e só depois é que fazes perguntas.
Tenho pena da herança que vamos deixar para os nossos filhos. Um planeta enrugado, sem combustiveis, sem alimentos, sem agua, sem esperança - diz-se que daqui a 30 anos. No imediato: SEM JUIZO.
Quanto à aritmética exclusiva, as contas são simples: há 37 que gastamos mais do que temos e isto é o maior atentado á liberdade que pode haver. Pagamos o consumo de hoje com o produto da geração seguinte. Nestes dias recentes, alguns parecem ter acordado para o problema.




Estes dois clubistas da política profissional querem cortar a quem ainda vai tendo qualquer coisa de decente para viver e vão continuando a patrocinar os rui pedros soares que sugam com caudal gigante a teta de Portugal. Orgulhem-se em fingir que são os maiores. Orgulhem-se em ser inflexiveis para mostrar quem manda. Orgulhem-se com trocas de palavras inúteis. Orgulhem-se com actos cujas consequências caem sobre todos menos vocês. Daqui a mil anos saberemos o desfecho.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

MONEY

Prestes a lançar mais um leilão de obrigações do tesouro, veio o nosso governante trazer notícias espectaculares que atestam a saúde, a vitalidade e a pujança da economia nacional. Receitas acima do orçamento, despesas abaixo do esperado e orçamento da segurança social ainda melhor do que o previsto que já era bem bom. Uns dias antes, já sócrates mandara dizer aos meios de comunicação social do desempenho excelente das exportações portuguesas. Em suma: um espectacular défice de 7% do pib, qualquer coisa como 12 ou 13 mil milhões de euros.

A nossa economia está a bombar portanto, os mercados que baixem os juros – quer sócrates dizer.

Está na berra mais um professor comentadeiro João Cantiga Esteves. Mais um crânio em Economia, micro, macro, média e nano.

Esta ilustre, brilhante e reluzente criatura, nas vesperas de uma malfadada emissão de dívida, vem logo dizer que o aparente equlibrio das contas é ilusão de óptica (e é mesmo) e que houve receitas que não se repetem (é mesmo verdade mas também é certo que despesas como os submarinos não se repetem). Que quereria este bandido? Que a emissão de dívida não se realizasse? Com que dinheiro iria o estado pagar nomeadamente o soldo desse seu servente?

quarta-feira, dezembro 29, 2010

FERNANDO, O NOBRE

Nunca liguei muito, nem ao senhor, nem à instituição AMI, talvez em resultado da indiferença a que o excesso de apelos hoje em dia nos condena.
Mas discretamente, tem passado o tempo e a verdade é que recebendo tangentes de uma entrevista aqui e de uma opinião ali, abri os olhos e o espírito para Fernando Nobre. Sem papas na língua, sem nada a perder, com aparente bom senso, uma aparente honestidade desarmante, digo mesmo: transparente.

Dificilmente ganhará as eleições mas trouxe aquela moral elevada e descomprometida que eu queria encontrar.

Fernando Nobre: o meu voto é teu.

Quero que sejas o meu Presidente.

RACIOCÍNIO RÁPIDO

Mais uma vez no telejornal da RTP2 em tom alarmista noticiavam os altos juros que tem de suportar a divida da republica portuguesa. Ao ponto de despertar um bandido que já dormitava.

MANEL: o que foi, o que foi?
GUSTAVO: andam com falta de dinheiro; está a acabar-se
MANEL: então deviam fazer uma fábrica, não é?
GUSTAVO: uma fábrica? sim, acho que já andam a tratar disso

sábado, agosto 28, 2010

O DANTAS NU É UM HORROR

Almada Negreiros disse que se o Dantas era Português, que ele, então, queria ser espanhol. Pois eu não sei o que quero ser. Temos em comum com os outros países europeus o crescendo da corrupção, da malfeitoria, e o incremento dos salteadores ao Estado. Desde os ultra civilizados ingleses aos ultra corteses franceses, passando pelos ultra ricos noruegueses. Educadamente, acho que já não tem solução. Mais tarde ou mais cedo alguma alma menos refreada acorda e espeta uns chumbos na malandragem.

... vou sonhando.

DIÁLOGO SIMPLES

MANEL: Marta, porque é que temos sempre que olhar?
MARTA: Porque pode vir um carro e não nos vê.
MANEL: E bate-nos?
MARTA: Sim.
MANEL: Como aconteceu com aquele teu amigo?
MARTA: Sim.
MANEL: E ele morreu?
MRATA: Sim.
MANEL: Então perdeste esse amigo.

quinta-feira, agosto 19, 2010

PAGA E CALA

As despesas do Estado têm aumentado. Descontroladamente. Não há uma pessoa que tenha mão naquilo. São vários a meter o dente. Mas ninguém se preocupe com a sangria de despesas do Estado. Agora, na Manta Rota, o estacionamento é pago. UM EURO CADA HORA. Podemos ficar descansados. A Camara Municipal de VRSA entregou a gestão do estacionamento a uma empresa privada que é como quem diz, um papão. A Câmara de VRSA (na pessoa do seu Presidente Doutor) fez obras no estacionamento já há uns anos com dinheiro do erário público, ou seja, o meu dinheiro. E agora tenho que pagar outra vez para lá meter a minha fraguneta do peixe. Os meus parabéns igualmente para o sr Presidente Doutor da Camara Municipal de Castro Marim pois agora visitar o Castelo apenas custa UM EURO. Viva o euro. Cobrem muitos para pagar as porcarias que andam a fazer. Montem e desmontem rotundas e criem jornais da vila em papel de luxo e museus e gabinetes de consultoria e coisas que ninguém sonha. Eu, por mim, vou trabalhar mais um ano, pagar mais impostos e poupar mais uns cobres para vir cá largar nas férias.

terça-feira, agosto 10, 2010

PRÉMIO NOBEL DA SENSATEZ

JÁ para Pinto da Costa!!
Está toda a jornalada, rádios e tv's bem como o governo em peso preocupados com o Carlos Queirós ter chamado fulho da puta a uma gente que se calhar o é. E os Freeports e outros canalhas deste mundo a rir-se enquanto caem no esquecimento. É o verdadeiro bode respiratório!
Um prémio para o Pinto da Costa, pela sobriedade, já e em força.
E para o secretário de estado do desporto um voto de castração urgente. Alguém lhe tire o pirilau - JÁ!!

terça-feira, julho 27, 2010

MAIS UM

Regressei do vulcão. Sem net, tv, jornais. E então há bocadinho vi o prof Marcelo a esclarecer um rodapé que tinha visto de relance. Um jovem com 18 anos que foi levado por uma doença imparável, um judoca como eu fui (e se calhar ainda sou, embora raquitico).
Vêm à tona todas aquelas ideias da injustiça que é um tipo ser interrompido quando ainda ter muito caminho pela frente. Sem nada que se possa fazer. Pode ser em 1 segundo como o nosso Amigo. Pode ser em 1 mês como este jovem.
E andamos aqui todos preocupados com os próprios umbigos.
Devia ser proibido o criador permitir estas coisas.

terça-feira, junho 29, 2010

ALGUÉM APANHE OS CACOS

Não sei se gostarias pois se há coisa que nunca entendi são os teus gostos musicais. O meu temperamento azedo por vezes dá-me vontade de fazer a terra abrir-se e engolir tudo aquilo de que não gosto. É tanta a porcaria que tinha mesmo que ser a terra a abrir-se. E, no entanto, pesados, violentos, rasguentos, são poéticos, exímios de técnica e, como todos os artistas, cultivam um ar lunático. Não são, sem dúvida, nisso dos piores. Ganham balanço e dizem que juntos somos invenciveis com uma percussão militar em fundo. Entretanto ficaram na moda e tudo o que é molecada cultiva aquilo. De qualquer forma têm um cantinho underground bem à nossa maneira de há muitos anos.

Qualquer coisa desmoronou-se, pareceu-me. Não sei se a causa é comodismo, egoismo ou se serei mesmo insuportavel; insuportavel a esse ponto de fugirem de mim. A vida velha já lá vai e não volta.

A memória e o pensamento continuam num entra e sai cobarde. Se não vai, devia ir; se vai, ao aproximar-se treme. E já não vai. Tenho que ir, este descanso não serve. O corpo é que não obedece ao pensamento.