OCINÓRI - A Tasquinha do Irónico

terça-feira, janeiro 31, 2012

PARA LÁ E PARA CÁ

Como sentir ânimo?
Um dos assuntos sobre o qual tenho vindo a reflectir é o dos transportes. Estamos cheios de estradas, autoestradas, IPs, ICs, scuts, ruelas e estradas. O nosso instituto de estradas não tem presidente. Temos carris com fartura, comboios mais que passageiros, linhas de alta velocidade lenta, catenárias no alentejo e algarve - para nem inglês ver. Temos aeroportos onde realizamos obras ao mesmo tempo que delineamos a sua obsolescência. Temos tudo, queremos mais ainda. Andamos à deriva: derivamos de carro, camião, autocarro, comboio e avião.
Talvez seja a hora de pensar que Portugal deveria ser apenas um país de estradas. Exclusividade do transporte rodoviário. Pode parecer redutor, desinteligente, inorgulhoso, apatriota. Temos que ter o que: 1) efectivamente necessitamos; 2) sejamos capazes de pagar; 3) mesmo assim garanta um nível de serviço de boa qualidade.

Transporte aéreo: a TAP é uma empresa com um serviço de superior qualidade reconhecida. Mas a cada segundo sangra.
Transporte ferroviário: excluindo algumas linhas suburbanas e ainda menos linha nacionais, a cada minuto sangra.
Transporte aéreo: a TAP pode ser razão de orgulho para alguns - mas a que preço?

O transporte rodoviário é o mais abrangente, flexivel, universal - e é sempre a alternativa quando o comboio avaria; ou naquela vez que o vulcão parou os aviões.

É apenas uma reflexão. Pode começar por saber mal mas é onde tenho chegado.

Falta-me o meu mais sério companheiro de reflexões. Viajou e ainda não voltou.