OCINÓRI - A Tasquinha do Irónico

sábado, setembro 27, 2008

EL GRAN CARAJO

Hugo amigo, o povo está contigo

terça-feira, setembro 23, 2008

EL CARAJO

Según la Real Academia Española, "carajo" es la palabra con la que se nominaba a la pequeña canastilla que se encontraba en lo alto de los mástiles de las carabelas (navíos antiguos) y desde donde los vigías oteaban el horizonte en busca de señales de tierra.

El
carajo, dada su ubicación en un área de mucha inestabilidad (en lo alto del mástil) es donde se manifiesta con mayor intensidad el rolido ó movimiento lateral de un barco.

También, era considerado un lugar de "castigo" para aquellos marinos que cometían alguna infracción a bordo.

El castigado era enviado a cumplir horas y hasta días enteros en el
carajo y cuando bajaba lo hacia tan mareado que se mantenía tranquilo por un buen par de días. De allí viene la célebre expresión: “MANDAR AL carajo"

El
carajo, es la palabra que define toda la gama de sentimientos humanos y todos los estados de ánimo.

Cuantas veces, al apreciar que una cosa es buena o te gusta, no has exclamado: "ESTO ESTA MÁS BUENO QUE EL
carajo

Si te habla un extranjero y no entiendes lo que dice, le preguntas al intérprete: "¿QUÉ
carajo ES LO QUE ESTE DICE?"

Si te molestas con alguien lo mandas para el
carajo.

Si algo te importa poco: “TE IMPORTA UN
carajo

Pero, si ese algo te importa mucho, entonces: “TE IMPORTA MÁS QUE EL
carajo

También, son comunes estas expresiones:

Esa mujer está más buena que el
carajo.

Ese hombre está más bueno que el
carajo.

Esta tipa vive más lejos que el
carajo...

¡
carajo! y no hay nada que no se pueda definir, explicar o enfatizar sin añadir un “carajo

Si la forma de proceder de una persona te causa admiración entonces dices: "ESE TIPO ES DEL
carajo"

Si un comerciante se siente deprimido por la situación actual de su negocio, exclama, si esto sigue así: “NOS VAMOS A IR PARA EL
carajo".

Cuando uno se encuentra con un amigo que hace mucho tiempo que no ve, le saluda así: Qué es de tu vida, ¿DONDE
carajo TE HABIAS METIDO?

Por eso te doy un saludo del
carajo, y si no eres un carajo, espero que su contenido te agrade más que el carajo.

Y deseo, que tus metas y objetivos se cumplan del
carajo, y que tu vida, ahora y siempre esté más buena que el carajo. Y si disfrutas algún momento, espero que la pases del carajo.

Corolario:
A partir de este momento puedes decir "
carajo", o mandar a alguien para el "carajo", con un poco más de cultura y autoridad académica.

QUE TENGAS UN DIA DEL carajo

(que pena não saber eu ser autor duma coisa destas)

segunda-feira, setembro 01, 2008

AS PESSOAS A QUEM NUNCA MORREU UM AMIGO PONHAM O DEDO NO AR

Sempre num cantinho cá dentro a sorrir e a brilhar.


Photobucket
Genoveva Abreu

"Faz hoje oito dias morreu um grande amigo. À noite arranjei coragem para ir vê-lo à igreja: estava o caixão, estava a fotografia diante do caixão mas o Acácio não estava, nem era pessoa para se meter dentro daquela caixa, com aquele pano por cima. Tive de procurar dentro de mim para encontrá-lo e achei-o a sorrir
– António
dizia ele como de costume
– António
e continuou a dizer
– António
em mim, a falar com os berlindes que parecia trazer sempre na boca. Uma amizade desde os dezoito anos é obra. Durante a guerra escrevíamos cartas um ao outro, depois da guerra não era preciso escrever cartas, falávamos.

(...)
Na igreja procurei um cantinho para ficar a sós contigo. Apetecia-me chorar. Mas vinham cumprimentar-me e aguentava-me. Repetia o teu nome para dentro
– Acácio
sem os berlindes com que tu
– António
e a tua mão no meu ombro nos abraços meio esquivos, cheios de pudor, que são os teus e apesar disso, caramba, foste talvez o homem que mais me mexeu no corpo, tiraste-me dúzias de sinais ao longo do tempo. Que raio de pele a minha, uma Via Láctea de pontinhos: Ursa Maior, Ursa Menor, Cassiopeia, Sagitário, não me faltava nada. Digo estas coisas, amontoo palavras para me defender da emoção.
Chega de pieguices, dizia o meu pai, chega de pieguices. As pessoas a quem nunca morreu um amigo ponham o dedo no ar.
Acácio.
– Um dia publico as tuas cartas ameaçavas tu do meio dos berlindes. O pior é que ameaçavas a sério: cartas de rapazes em África e a tua mão, um segundo, no meu ombro. Um segundo apenas.

(...)
Achava-me desesperado e a sofrer mas senti tanto a tua amizade. E agora a caixa, o pano, o retrato, agora isto. Ao sair da igreja vieste comigo.
(...)
Quando o Henrique me segredou
Tenho uma notícia triste para ti
disse de imediato
– O Acácio?
disse de imediato
– Não
e fiquei sem ver nada uma porção de minutos. Agora vejo. Vejo a igreja, a caixa, o pano, o retrato. E vejo-nos a sair dali
– Vamos sair daqui
porque não nos diz respeito, palavra, não nos diz respeito. O que nos diz respeito é estarmos juntos num sítio qualquer, não importa qual, com mais silêncio que palavras. Até no silêncio os berlindes na boca, o cabelo branco desde os vinte anos. Abundante. Bonito. Também alguma coisa tinhas que ter bonito. Estou a brincar. Não faças essa cara que estou a brincar: graças a Deus todos os meus amigos são lindos. Isto não é uma crónica, é uma carta, como aquelas que nos escrevíamos em África. Não a publiques nunca, visto que é só para ti. E não quero, nem por um segundo, que me julguem lamechas. Você tinha razão, pai: chega de pieguices."




Absent friends, here's to them,

And happy days, we thought that they would never end,

But they always end.

Raise your glasses then to absent friends

The Divine Comedy