OCINÓRI - A Tasquinha do Irónico

sexta-feira, setembro 08, 2006

MAUS MOMENTOS...

Maus momentos todos nós temos. Todos e sem excepção…
Quem é que não passou por aqueles momentos em que nos deixam completamente assentes no absurdo e vergonha?
Quem é que não levou já um raspanete do nosso chefe e vimos a resmungar para a nossa secretária, numa linguagem grunhesca e asneirenta sobre a situação e sobre o superior e… Ele dizer aos berros “EU OUVI ISSO!”
Azar!
Quem é que nunca se esqueceu das chaves de casa… em casa? Ficamos com aquela sensação de que estamos trancados no mundo exterior… É mau! Lá vamos nós aos bombeiros e antes de nos abrirem a porta e sentirmo-nos completos com o mundo… Incha Pacheco… Paga aí! Do you wanna play? You got to pay!
Começa a dolorosa!
Lá indicamos o nosso ninho… E como me sinto deveras importante, liguem a luzes por favor! Ou seja os pirilampos do carro dos bombeiros! Começa o espectáculo, porque a dolorosa já começou há um bom tempo atrás!
Quando queremos descrição pelo nosso esquecimento… A viatura instala-se na via pública, as luzes indicam que a discoteca vibre e o som é o motor que dá força à escada para se elevar…
Quando reparamos, já está a discoteca composta por mirones mas existe sempre uma vizinha esganiçada, a correr ao nosso encontro em altos berros a perguntar o que aconteceu…
Já não basta os pirilampos, os mirones, a vizinha esganiçada… ainda temos a casa completamente desarrumada e a ser invadida por um bom estranho e ver todos os nossos fetiches espalhados pela casa fora! Ai… que vergonha!
E as pombas? Aquelas que se encontram nos centros das cidades, naqueles espaços amplos…
Em tantos dias que falham que algum acertam… até parece que algumas têm um olho anal com mira telescópica e nos transformamos num alvo em movimento! Como nos filmes de snipers! Pum, Pum… C’est mort! Mas o azar não acaba aqui! A seguir temos de apanhar um transporte público e por mais que limpemos, lá continua o cheiro, a mer** e temos toda atenção do mundo! Isto é mau!
E quando estamos finalmente a sós com a pessoa que queremos, num café qualquer, têm sempre de entrar um cromo que conhecemos e por mais que tentemos disfarçar… ele parece que sentiu o nosso cheiro e abanca ali, com a mala, a chaguice e a manta como se estivesse pronto para um piquenique…
A única coisa que conseguimos pensar é… vai-te embora ó melga!
Depois pensamos que não temos sorte nenhuma neste mundo! Arre!
Quem é que nunca esteve à rasca de uma casa de banho porque o camarão caiu mal ou a feijoada estava demasiada apetitosa? Quando entramos na casa de banho com um mão na cintura e a outra no botão das calças, aflitinhos que alguma coisa seja expelida do nosso corpo antes da hora. Nem sequer olhamos para quem lá está! Ficamos completamente cegos… Até que finalmente entupimos a sanita, conspurcarmos o ar e mandamos umas salvas pelo acontecimento (mais parecem rajadas de metralhadora) e ouvimos alguém a elogiar-nos… “Ééé lááá! Grande bomboca!”
Semi do Semi-Azar!
Descobrimos depois que não há papel higiénico e que o telemóvel 3G, com bluetooth, infra vermelhos, toques reais e com leitor MP3, de nada nos serve!
Semi-Azar!
Com a vergonha do momento, abrimos a porta timidamente a ver se encontramos alguém e quando pensamos que a costa está desimpedida, lá está o gajo que ouvi as rajadas a gritar em tons de gozo… “Ei… grande cagada! Estavas mesmo à rasca!”
Azar completo!
Nesta vou ser breve… Num elevador, estamos à vontade e soltamos um “gazinho” chato e fedorento e somos interrompidos por alguém que vai entrar no ascensor! Nem sequer dá para disfarçar!
Ou então… para finalizar… quem é que nunca perdeu ou partiu uns óculos?
Quem?
Nos carrinhos de choque pronto para a diversão… levamos um estoiro na retaguarda do veículo e quando pensamos que nos vai saltar todos os órgãos por ordem alfabética… enganem-se! Saltam mas é os óculos! E andamos ali, durante 5 minutos, a quem nos acompanha, com olhos semi-cerrados para podermos distinguir alguma feição mas sempre dizendo… – SEGUE AQUELE CARRO!
E no fim, levantarmos uns desses carros da maluquice e encontramos um verdadeiro milagre… o da multiplicação!
Duas hastes transformaram-se em cinco!
As duas lentes multiplicaram-se em mais de vinte, fora aquelas que ficaram pelo caminho…
Não é mau… É paupérrimo! Ainda por cima, temos de ir para casa às apalpadelas, porque em Portugal, os buracos são mais que muitos!
Fiquem bem amigos…

4 Comments:

  • Má onda, boa onda.
    ;-)

    By Blogger Gustavo, at 10:49 da tarde, setembro 08, 2006  

  • Esqueci-me dessa... Ora gaita (bem utilizada esta palavra)!
    São cá umas dores...
    Foi um pouco de azar durante um dia, numa semana, em algum mês de toda a minha vida....

    By Anonymous Anónimo, at 11:43 da manhã, setembro 11, 2006  

  • Passar por isso tudo sem cortar as veias é de macho! Só faltou ao ramalhete um blind-date em que em vez duma febra aparecia o emplastro!

    By Blogger Rafeiro Perfumado, at 3:09 da tarde, setembro 11, 2006  

  • Foscasse... à custa do emplastre ainda ganhava o premio nobel do azar!!!!
    Estao me a imaginar vestido de pinguim? era mais um azar na minha vida!!!
    Obrigado nefertiti pelas palavras carinhosas mas acredite que na altura não seriam nada reconfortantes!!!!
    É caso para dizer Dâ-se!

    By Anonymous Anónimo, at 7:15 da tarde, setembro 11, 2006  

Enviar um comentário

<< Home