VIAGEM AO CENTRO DA TERRA
Pronto, o título é um bocadinho sensacionalista, mas é pra ver se aumentamos as audiências. É que a Floribela e os Morangos lixam-nos o horário nobre.
No passado Domingo participei numa viagem quase ao centro da terra. Descemos muito, andámos por lá, e a subida... ó se custou!
Alevantar cedo da cama e rumar a Góis ao encontro da equipa da Trans Serrano. Adqurir suprimentos na Panificadora e rumar à Ribeira da Pena. Estacionamos os carros junto a um milheiral, empurramo-nos para dentro dos fatos de neoprene e somos transportados até ao ponto da descida para a ribeira. Avolumados com arnezes e capacetes, recebemos um briefing de segurança e descemos, em rappel, a parede de 35 metros na vertical. Aterramos numa reentrância da parede e saltamos para a piscina. Nadamos uns metros e já estamos oficialmente aterrados. Devo dizer que é um rappel muito agradável de fazer, a seco, tem uns metros de suspensão que nunca tinha experimentado. Dá vontade de, em vez de 35, que tenha 50 metros. No poço ainda há a possibilidade de subir a pontos com altura diversa e efectuar saltos espectaculares. Não me atrevi a ir ao mais alto.
Iniciamos, então, o percurso a pé, pelo leito acidentado da Ribeira da Pena. A progressão é difícil e o percurso é bastante acidentado. É nas poças que eu penso que há maior probabilidade de acidentes, comparando com o rappel ou os saltos. É que no rappel há segurança absoluta e tudo o que se faz é medido. Nos saltos, basta fazer pontaria ao alvo e a gravidade faz o resto a 9,8 metros por segundo (eu até acho que é mais, mas este não é o local próprio para discutir leis da Física). Na progressão a pé, o pontapé numa pedra, um apoio deficiente, uma distração pode dar origem a luxações ou hematomas incomodativos; ou um desiquilíbrio que pode resultar num braço partido. Dentro de uma poça, o facto de a àgua enviezar a medição das distâncias, propicia cacetadas dolorosas.
Os monitores, o Nuno e o Paulo (in alphabetical order), para além de nos guiarem pelo trilho, vão contando outras experiências que tiveram, quer na Ribeira, quer em outras actividades em que participaram. Também nos chamam a atenção para alguns pormenores da envolvente verdejante que nos passam despercebidos, como a existência de algumas espécies de vegetação raras e protegidas. Achámos curiosa a quantidade de pequenos sapos que por lá havia e ainda mais as frequentes colónias de hortelã.
E já que estamos em maré ecológica não posso deixar de dar uma palavra de agradecimento aos animais, nomeadamente javalis e ginetas que largaram o seu cócó no trilho que seguimos para sair da ribeira no fim da actividade – e, dessa forma, nos permitiram uma observação cuidada do mesmo. O meu obrigado.
Escusado será dizer – mas digo na mesma – dóói-me quase tudo (inspirado na música do Paulo Gonzo).
Se conseguir scanar fotos decentemente obsequio os caros leitores com algumas.
No passado Domingo participei numa viagem quase ao centro da terra. Descemos muito, andámos por lá, e a subida... ó se custou!
Alevantar cedo da cama e rumar a Góis ao encontro da equipa da Trans Serrano. Adqurir suprimentos na Panificadora e rumar à Ribeira da Pena. Estacionamos os carros junto a um milheiral, empurramo-nos para dentro dos fatos de neoprene e somos transportados até ao ponto da descida para a ribeira. Avolumados com arnezes e capacetes, recebemos um briefing de segurança e descemos, em rappel, a parede de 35 metros na vertical. Aterramos numa reentrância da parede e saltamos para a piscina. Nadamos uns metros e já estamos oficialmente aterrados. Devo dizer que é um rappel muito agradável de fazer, a seco, tem uns metros de suspensão que nunca tinha experimentado. Dá vontade de, em vez de 35, que tenha 50 metros. No poço ainda há a possibilidade de subir a pontos com altura diversa e efectuar saltos espectaculares. Não me atrevi a ir ao mais alto.
Iniciamos, então, o percurso a pé, pelo leito acidentado da Ribeira da Pena. A progressão é difícil e o percurso é bastante acidentado. É nas poças que eu penso que há maior probabilidade de acidentes, comparando com o rappel ou os saltos. É que no rappel há segurança absoluta e tudo o que se faz é medido. Nos saltos, basta fazer pontaria ao alvo e a gravidade faz o resto a 9,8 metros por segundo (eu até acho que é mais, mas este não é o local próprio para discutir leis da Física). Na progressão a pé, o pontapé numa pedra, um apoio deficiente, uma distração pode dar origem a luxações ou hematomas incomodativos; ou um desiquilíbrio que pode resultar num braço partido. Dentro de uma poça, o facto de a àgua enviezar a medição das distâncias, propicia cacetadas dolorosas.
Os monitores, o Nuno e o Paulo (in alphabetical order), para além de nos guiarem pelo trilho, vão contando outras experiências que tiveram, quer na Ribeira, quer em outras actividades em que participaram. Também nos chamam a atenção para alguns pormenores da envolvente verdejante que nos passam despercebidos, como a existência de algumas espécies de vegetação raras e protegidas. Achámos curiosa a quantidade de pequenos sapos que por lá havia e ainda mais as frequentes colónias de hortelã.
E já que estamos em maré ecológica não posso deixar de dar uma palavra de agradecimento aos animais, nomeadamente javalis e ginetas que largaram o seu cócó no trilho que seguimos para sair da ribeira no fim da actividade – e, dessa forma, nos permitiram uma observação cuidada do mesmo. O meu obrigado.
Escusado será dizer – mas digo na mesma – dóói-me quase tudo (inspirado na música do Paulo Gonzo).
Se conseguir scanar fotos decentemente obsequio os caros leitores com algumas.
5 Comments:
Ora aí está um programa interessante de se fazer, uma vez que estamos em período de transição de séries dos Morangos com Açucar... e esse contacto da empresa arranja-se? É que eu sou um rafeiro arraçado de radical!
By Rafeiro Perfumado, at 9:31 da manhã, setembro 20, 2006
Fazem excursões? É que as idas a Fátima já saíram de moda, e a minha avó quer algo inovador.
By Irritadinha, at 5:17 da tarde, setembro 20, 2006
Rafeiro, dá um pulo ao www.transserrano.com e ficas com um ideia. Se quiseres, meto uma cunha para teres direito a umas massagistas no final das actividades.
Irritadinha, creio que os programas podem ser feitos à medida dos interessados. Rappel para seniores é uma ideia que me atrai....
By Gustavo, at 6:28 da tarde, setembro 20, 2006
Obrigado, Gustavo. Mesmo tendo em conta que os meus princípios abominam o factor C, como vejo que é do coração, aceito a referência. Mas só porque és tu!
By Rafeiro Perfumado, at 6:54 da tarde, setembro 20, 2006
Será radical? será horizontal?
Realmente se derem uma massagista depois da aventura radical... ficarei deitado na horizontal....
By Anónimo, at 12:07 da tarde, setembro 22, 2006
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