MAIS FUTEBOL (e mais e mais e mais)
UM
O presidente da FPF, que é um génio, lembrou-se de anunciar aos sete ventos que vai pedir isenção de IRS dos prémios que todos os portugueses vão pagar aos jogadores da selecção. Recebi esta notícia ontem de manhã através da TSF. Primeiro disseram que o presidente da FPF ia pedir ao Governo para os jogadores serem isentados neste rendimento. Depois entrevistaram um especialista em fiscalidade que explicou que o código do IRS previa a possibilidade desta isenção (artº 12º, nº5). Passados uns minutos, li, seguindo uma cacha (?) - que dizia qualquer coisa como: “Governo contra a isenção” - na edição online do Record, o Prof Saldanha Sanches a indignar-se com esta tropelia. Finalmente alguém com juizo. Por outro lado, para contornar a coisa, a FPF podia ter decidido prémios superiores, de forma a que, em termos líquidos resultasse a mesma coisa – e isto creio que ninguém discutiria. Mas não entendo que diferença é que o irs de 50.000 euros vai fazer ao Figo, ao Ricardo, etc. Já a mim, dar-me-iam um jeitão!
Será que estou errado e esta coisa dos prémios é mesmo justa?
DOIS
Parece que mesmo antes de o pedido ter sido apresentado (sim, porque a apresentação à imprensa felizmente ainda não é um canal oficial) o Governo terá dito (pelo mesmo canal) que não o vai aceitar. Ou seja: a lei prevê determinada coisa sob requerimento; mas mesmo antes do requerimento ser apresentado já nos dizem que não. Diz, e muito bem, por muito que me custe admiti-lo, o presidente da FPF: se esta prorrogativa está na lei não é para utilizar, então mudem a lei para não andar a enganar as pessoas. É isso aí, cara!!
E o requerimento respeitante à isenção dos prémios do Euro 2004 ainda não teve resposta. Ó senhor ministro das finanças: pé na tábua com os requerimentos dos nossos jogadores!
TRÊS
Infelizmente, é oportuno referir a pobreza com que estas notícias foram dadas pela TSF (para com que tenho uma fidelidade canina). Não só os tipos que lêem as notícias não sabem o que estão a dizer, como os tipos que as escreveram percebem tanto de fiscalidade ou jornalismo como eu da pesca do atum. Quem são estes pseudo-jornalistas que andam por aí à solta? No jornalismo a carteira profissional, a deontologia, o sigilo profissional são referências mas eu tenho-me perguntado: para quê? – se o que temos mais visto é qualquer espécie de gente por aí a escrever labreguices. É como a estória dos comentadores de futebol: até já eu opino, veja-se!!
(estou tão zangado que nem ponho foto nesta posta!)
O presidente da FPF, que é um génio, lembrou-se de anunciar aos sete ventos que vai pedir isenção de IRS dos prémios que todos os portugueses vão pagar aos jogadores da selecção. Recebi esta notícia ontem de manhã através da TSF. Primeiro disseram que o presidente da FPF ia pedir ao Governo para os jogadores serem isentados neste rendimento. Depois entrevistaram um especialista em fiscalidade que explicou que o código do IRS previa a possibilidade desta isenção (artº 12º, nº5). Passados uns minutos, li, seguindo uma cacha (?) - que dizia qualquer coisa como: “Governo contra a isenção” - na edição online do Record, o Prof Saldanha Sanches a indignar-se com esta tropelia. Finalmente alguém com juizo. Por outro lado, para contornar a coisa, a FPF podia ter decidido prémios superiores, de forma a que, em termos líquidos resultasse a mesma coisa – e isto creio que ninguém discutiria. Mas não entendo que diferença é que o irs de 50.000 euros vai fazer ao Figo, ao Ricardo, etc. Já a mim, dar-me-iam um jeitão!
Será que estou errado e esta coisa dos prémios é mesmo justa?
DOIS
Parece que mesmo antes de o pedido ter sido apresentado (sim, porque a apresentação à imprensa felizmente ainda não é um canal oficial) o Governo terá dito (pelo mesmo canal) que não o vai aceitar. Ou seja: a lei prevê determinada coisa sob requerimento; mas mesmo antes do requerimento ser apresentado já nos dizem que não. Diz, e muito bem, por muito que me custe admiti-lo, o presidente da FPF: se esta prorrogativa está na lei não é para utilizar, então mudem a lei para não andar a enganar as pessoas. É isso aí, cara!!
E o requerimento respeitante à isenção dos prémios do Euro 2004 ainda não teve resposta. Ó senhor ministro das finanças: pé na tábua com os requerimentos dos nossos jogadores!
TRÊS
Infelizmente, é oportuno referir a pobreza com que estas notícias foram dadas pela TSF (para com que tenho uma fidelidade canina). Não só os tipos que lêem as notícias não sabem o que estão a dizer, como os tipos que as escreveram percebem tanto de fiscalidade ou jornalismo como eu da pesca do atum. Quem são estes pseudo-jornalistas que andam por aí à solta? No jornalismo a carteira profissional, a deontologia, o sigilo profissional são referências mas eu tenho-me perguntado: para quê? – se o que temos mais visto é qualquer espécie de gente por aí a escrever labreguices. É como a estória dos comentadores de futebol: até já eu opino, veja-se!!
(estou tão zangado que nem ponho foto nesta posta!)
4 Comments:
Para aqueles que dizem que têm tanto orgulho em ser portugues e na camisola que envergam... só tenho uma coisa a dizer... ENTÃO JOGUEM À BOLA DE BORLA PELO PAIS!!!!! MOSTREM ENTÃO O VOSSO ORGULHO!!!!!
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Tentini, at 12:41 da tarde, julho 12, 2006
... bem... no meu caso pode ser matrecos? ;-)
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Gustavo, at 3:44 da tarde, julho 12, 2006
e... ó gustavo... mesmo assim não será perigoso?
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Tentini, at 5:53 da tarde, julho 13, 2006
Eu cá concordo com a isenção de IRS, mas com uma pequenina condição: que todos os trabalhadores como eu, que diariamente esfolam, isto é, arranham, isto é, acariciam o cabedal para ganhar a vidinha também tenhamos isenção, pelo mesmo valor dos prémios destes futebolistas. Sim, porque se eles jogaram à bola, eu cá fartei-me de gritar em apoio à Selecção, meti a bela da bandeira na janela e nos dias de jogo vesti-me a rigor, com camisola e cachecol! Querem ver que isso não conta?
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Rafeiro Perfumado, at 12:52 da manhã, julho 15, 2006
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