AVENTURA NA NOITE

Ontem à noite, ao regressar da minha aulinha das quintas feiras, passei por uma coisa que parecia um acidente brutal, a avaliar pela quantidade de pirilampos azuis, em Montemor-o-Velho no cruzamento de Quinhendros. Com alguns metros de antecedência, na penumbra, eis que se desenha a silhueta de um agente (soldado?) da GNR (“silhueta” pode retemer para “barriga volumosa”, contudo este senhor até parecia lisinho...). Bom, então lá está o dito senhor, no escuro, mal se vê – apesar de agitar um daqueles pauzitos com uma luz cor de laranja lá dentro. E pela maneira como se posicionava indiciava que não sabia se havia de me virar as costas ou não. Depreendi que aquele gesticular não agoirava coisa boa... Bom, abri a janela e perguntei se a via estava impedida. E recebo, em troca, esta pérola (quem me dera poder imitar a voz, o timbre e o sotaque beirão...): “ pois se estou a fazer sinal que não pode passar é porque não pode, não é?” E vira-me as costas. Não sei porque me virou as costas. É que a noite estava mesmo muito escura, os pirilampos estavam a alguns 200 metros e O QUE QUE ELE TINHA PARA VER???? Bom. “Sabe indicar-me como é que posso ir para a Figueira?” Mandou-me seguir os outros carros. É que eu devo mesmo ser uma grande besta. QUE OUTROS CARROS? Já tinham passa há algum tempo. Enfim, lá me lembrei do caminho alternativo é lá me pirei para casa... não sem antes alertar o senhor para o facto de a escuridão aliada à fraca visibilidade do seu pauzinho laranja podia ser perigoso. Com ar de expert, deu duas pancadas no aparelho tendo concluido: “a porra das pilhas! Isto até é novo”. Pelo menos foi o que eu percebi
Posto isto, daqui faço um apelo. Se houver justiça neste mundo, os senhores produtores dos maludos do rico deve contratar JÁ este senhor.

Aproveito para fazer um apelo ao nosso Primeiro: aumentem lá as verbas para a GNR comprar pilhas para os pauzitos, senão aquilo não se vêm em condições!
Respeitosamente,
Gustavo