OCINÓRI - A Tasquinha do Irónico

terça-feira, dezembro 05, 2006

O NOSSO ROBIN...

Há muito… muito tempo atrás vivia um fabuloso justiceiro com os seus amigos na floresta de Sherwoodgal. O seu papel era tirar aos ricos e distribuir aos mais pobres… como em quase todas as histórias de ladrões!
A população que vivia na orla desta floresta, sobrevivia esperançada na vontade de serem considerados como habitantes iguais ao resto do país.
Corriam alguns rumores que em Sherwoodgal, este fabuloso justiceiro, de seu nome Robin Zé, pouco andava a lutar por eles!
Os seus companheiros comiam posta mirandesa e don perignon enquanto o povo se servia com mais uma sopa de cavalo cansado!
E assim andavam…
- Ó Costa temos de fazer alguma coisa… este povo parece-me cada vez mais ingrato!
Disse o Robin Zé.
- Bem… só temos uma opção! Começarmos a tirar aos ricos e a dar aos pobres!
Afirmou o Pequeno Costa.
- E isso não é arriscado?
Perguntou Robin Zé.
- É… Mas o pescoço é teu!
Disse o Costa.
E lá foram os nossos heróis para a estrada de Sherwoodgal. Eis que aparece a primeira vitima!
- Quem vem ai?
Gritou Robin Zé
- Ai meu deus! É ele… o Robin Zé! O justiceiro! Que tira aos ricos para dar aos pobres! Disse a vitima surpreendida.
- Sou?
Pergunto o nosso herói.
E num tom grave a tentar livrar a situação…
- É sim… é ele! É Robin Zé!
Disse o Costa a desenrascar a situação.
- E tu quem és?
Perguntou o Zé.
- Eu sou banqueiro… humilde, pobre e trabalhador.
- E não tens ai nada para desenrascar a nossa situação? Posso te ajudar a estacionar a carroça!
Disse o Zé.
- O que ele quis dizer foi… A BOLSA OU A VIDA?
Gritou o Costa.
- Nada!... Pouco… Bem… Algum!
Disse o banqueiro.
- Bem é sim… O povo de Sherwoodgal está a ficar descontente comigo… e podias arranjar aí algum! Não sei se estás a ver?
Timidamente falou o Robin Zé.
- Tenho mesmo?
Perguntou o banqueiro.
- Ajudava…
Encolheu os ombros o Pequeno Costa.
- E o que recebo em troca?
Perguntou o homem da banca.
- Pois… Davas-nos umas notas… das grandes e…
Tendo sido o Zé logo interrompido pela vitima.
- Notas? Achas-me com cara de Euromilhões? Levas um saco plástico, daqueles sem asas e cheio de moedas pretas… Pode ser?
- Ó Zé na falta de melhor…
Disse o Costa.
- Ei… espera aí… o que é que eu ganho com isto?
Perguntou logo apreensivo o banqueiro.
- É simples… Dá-nos esses trocos, podes sempre passar aqui em Sherwoodgal sem que nada te aconteça e… continuar a utilizar a Madeira para offshores!
Disse o Robin Zé.
- E… Também podes subir um bocado mais as taxas de juros do pessoal de Sherwoodgal… Que nós não nos importamos!
Disse o Pequeno Costa.
- Como assim?
Pergunta o senhor da banca.
- Enquanto eles falarem mal de ti, banqueiro, não pensam em nós!
Afirmou o Robin
- Combinado!
Disse o banqueiro.

E assim...Robin Zé e os seus amigos triunfaram mais uma vez levando o bem atravessar além fronteiras! O acordo foi selado por vozes manhosas… nas teias que o império tece!

- Será que alguém viu o meu pai… Gepeto?
- Ó Pinóquio! Mas tu não fazes parte desta história… Espera pela tua vez… Sim?
Disse o ignóbil autor deste texto… Haja paciência…

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