OCINÓRI - A Tasquinha do Irónico

quinta-feira, dezembro 21, 2006

ATÉ 2007...

Por motivos de força maior… me despeço cordialmente de vós!
Caros leitores, ouvintes ou telespectadores vou de férias… Até os mais rascos guerreiros as merecem!
Só nos voltamos encontrar em 2007. Esse ponto de viragem para realização de mais sonhos, coisas a mudar e mais forças para lutarmos com ânsia de nos tornarmos verdadeiros imortais!
O Tentini do Ocinóri voltará para o ano com mais histórias, mais ironia, mais humor e mais falta de inteligência para vos deliciar!
Ao contrário daquilo que as pessoas pensam, para mim o Ocinóri é irónico e não sou diferente de ninguém… porque também me revejo nas virtudes e defeitos apontados aqui!
Espero que cada um de vós consiga vingar todos os vossos sonhos e desejos em 2007!

Mas antes de mais… fica-vos um trabalhinho de casa!
O “MacGyver” Menezes!
Este senhor com um clipe desenrascou quase toda a família e os elementos do seu partido!!!!

Aviso já… o gajo é mesmo bom!


Agora pensem… e tentem mudar 2007!
Bom Ano Novo….

segunda-feira, dezembro 18, 2006

ESTA ÉPOCA CANSA-ME...

Esta época do ano cansa-me!!!!
O consumismo desta época é maravilhoso… Os centros comerciais inundados de sonhos! Os parques subterrâneos cheios de latas, com odores a combustível queimado e borracha ardida na pressa desenfreada de arranjar aquele prenda que penhore o vencimento!
Reparem… nos vidros das montras! Limpos de hora a hora! Pudera… Tantas pessoas a babarem-se nos corredores destes antros de sobrevivência do séc. XXI. A segunda casa de muitos… um verdadeiro delírio!
Nem vou falar do quanto é preciso ir de cotovelos assanhados para não sermos esmagados por esta enorme ânsia de comprar!
É tão bonita esta época natalícia…
E as prendas? Venham aquelas peças de mete nojo para decoração da casa mas que acabam sempre na despensa…
Meu conselho? Reciclagem! Sim… reciclagem!
Vasculhem, procurem e achem o que anda a mais na vossa despensa e ofereçam a alguém… Mas mudem-lhe o embrulho! Fica bem… A isto, chamo verdadeira reciclagem e poupança!
Viva às peúgas… aos chocolates… e as fotos com a belíssima moldura! Pena que seja sempre com aquela foto em estamos com uma cara de atrofiado!
É tão bonita esta época natalícia…
Que moda ganhou os jantares de natal… É o jantar de natal do local de trabalho. É o jantar da associação. É o jantar de natal com os amigos dos jogos de futebol à sexta-feira. É o jantar de natal com os amigos dos copos ao sábado. É o jantar de natal com os amigos que vêm os jogos de futebol na Sport TV connosco. É o jantar de natal para se comemorar a religião. É o jantar de natal… porque é natal!
Se já não há dinheiro para as prendas… também continua a não haver para jantares… mas ninguém passa fome! Isso é que não!
O que falta na carteira… fica a mais em quilos! Vamos sempre por modas…
É tão bonita esta época natalícia…
E a televisão? Até dá vómitos… encontra-se sempre pintada em tons de vermelho, com um gordo cheio de prendas e promessas obscuras para que todos nós paremos no inferno!
Continuam a passar os filmes cheios de violência e lançam longas-metragens sobre o natal onde as histórias são pintadas em tons de cor de rosa, com um final feliz e que nós acabamos tão enjoados daquilo que vimos. Atrofio!
Mais uma moda que pegou… Os natais do não sei o quê…
Quer a RTP, SIC e TVI têm o natal dos hospitais, o natal dos hospícios, natal no bloco operatório, o natal das parteiras, o natal nos correios, o natal em casa de uma família portuguesa chunga, o natal das prisões e o natal da assembleia da republica… Ops… Aqui é sempre natal!
Como a televisão enjoa!
E a publicidade? Em dose industrial… mas nada que seja enganosa!
Reparem bem no tempo que os canais passam publicidade… ainda que fosse boa publicidade… ainda se aguentava!
Até na publicidade somos cinzentos, sem alegria, sem magia… bom… como o natal!
Levamos com cada dose…
Reparei que nos últimos dias aumentou a publicidade daquelas empresas de crédito fácil… Porque será? Não é por causa do guaraná… não!

É preciso desejar alguma coisa nesta época, quando só nos lembramos dela no final do ano? E o resto dos 354 dias? Não nos lembramos do principio natalício? Hum…


P.S. – Sei que não tem nada haver com o natal, mas para mim essa senhora Carolina está a mentir com todos os dentes…
Ela diz que o P.C. se bufava… acham mesmo? Se ele se bufasse de certeza que já estava preso há muito tempo… Não?
Querem saber outra mentira? Ela diz que o P.C. mandou partir os braços ao Bexiga… Meus caros leitores, acham que eu acredito nisto? Claro que não! As bexigas não têm braços!
Grande prenda de natal que a Carolina recebeu com o livro…

segunda-feira, dezembro 11, 2006

... SOBRE SUS TUMBAS!

Praticamente já estávamos à espera que este dia chegasse.
Sinto uma frustração no facto de alguém que tenha roubado o seu país, torturado e matado tantos filhos da sua pátria não tenha sido devidamente condenado… e não ter sentido a dor angustiante dos crimes que perpetuou nos compêndios da história do Chile.
Animais como este não fazem falta neste planeta!
Fiquei aliviado com o seu desaparecimento e triste porque até a morte o protegeu do sofrimento que realmente merecia…
A partir de hoje já poderemos dançar…

“(…)Un dia danzaremos
Sobre sus tumbas, libres
Un dia cantaremos
Al danzar
Un dia danzaremos
Sobre sus tumbas, libres
Un dia cantaremos
Al danzar(..)”

Olhares a sangrar, famílias destruídas, sonhos arredados e liberdade aniquilada!

“(…)Ellas danzan com los desaparecidos
Danzan con los muertos
Danzan con amores invisibles
Con silenciosa anustia
Danzan con sus padres
Con sus hijos
Con sus esposos
Ellas danzan solas
Danzan solas (..)”

Sting – Ellas Danzan Solas do álbum … Nada como el sol

Senhor Pinochet… hoje que se dance sobre sua campa em memória daqueles que matou!
Dancemos!

terça-feira, dezembro 05, 2006

UM PASSOU, OUTRO COMEÇA

Parabéns porquito!

Manel
Marta
Gustavo

O NOSSO ROBIN...

Há muito… muito tempo atrás vivia um fabuloso justiceiro com os seus amigos na floresta de Sherwoodgal. O seu papel era tirar aos ricos e distribuir aos mais pobres… como em quase todas as histórias de ladrões!
A população que vivia na orla desta floresta, sobrevivia esperançada na vontade de serem considerados como habitantes iguais ao resto do país.
Corriam alguns rumores que em Sherwoodgal, este fabuloso justiceiro, de seu nome Robin Zé, pouco andava a lutar por eles!
Os seus companheiros comiam posta mirandesa e don perignon enquanto o povo se servia com mais uma sopa de cavalo cansado!
E assim andavam…
- Ó Costa temos de fazer alguma coisa… este povo parece-me cada vez mais ingrato!
Disse o Robin Zé.
- Bem… só temos uma opção! Começarmos a tirar aos ricos e a dar aos pobres!
Afirmou o Pequeno Costa.
- E isso não é arriscado?
Perguntou Robin Zé.
- É… Mas o pescoço é teu!
Disse o Costa.
E lá foram os nossos heróis para a estrada de Sherwoodgal. Eis que aparece a primeira vitima!
- Quem vem ai?
Gritou Robin Zé
- Ai meu deus! É ele… o Robin Zé! O justiceiro! Que tira aos ricos para dar aos pobres! Disse a vitima surpreendida.
- Sou?
Pergunto o nosso herói.
E num tom grave a tentar livrar a situação…
- É sim… é ele! É Robin Zé!
Disse o Costa a desenrascar a situação.
- E tu quem és?
Perguntou o Zé.
- Eu sou banqueiro… humilde, pobre e trabalhador.
- E não tens ai nada para desenrascar a nossa situação? Posso te ajudar a estacionar a carroça!
Disse o Zé.
- O que ele quis dizer foi… A BOLSA OU A VIDA?
Gritou o Costa.
- Nada!... Pouco… Bem… Algum!
Disse o banqueiro.
- Bem é sim… O povo de Sherwoodgal está a ficar descontente comigo… e podias arranjar aí algum! Não sei se estás a ver?
Timidamente falou o Robin Zé.
- Tenho mesmo?
Perguntou o banqueiro.
- Ajudava…
Encolheu os ombros o Pequeno Costa.
- E o que recebo em troca?
Perguntou o homem da banca.
- Pois… Davas-nos umas notas… das grandes e…
Tendo sido o Zé logo interrompido pela vitima.
- Notas? Achas-me com cara de Euromilhões? Levas um saco plástico, daqueles sem asas e cheio de moedas pretas… Pode ser?
- Ó Zé na falta de melhor…
Disse o Costa.
- Ei… espera aí… o que é que eu ganho com isto?
Perguntou logo apreensivo o banqueiro.
- É simples… Dá-nos esses trocos, podes sempre passar aqui em Sherwoodgal sem que nada te aconteça e… continuar a utilizar a Madeira para offshores!
Disse o Robin Zé.
- E… Também podes subir um bocado mais as taxas de juros do pessoal de Sherwoodgal… Que nós não nos importamos!
Disse o Pequeno Costa.
- Como assim?
Pergunta o senhor da banca.
- Enquanto eles falarem mal de ti, banqueiro, não pensam em nós!
Afirmou o Robin
- Combinado!
Disse o banqueiro.

E assim...Robin Zé e os seus amigos triunfaram mais uma vez levando o bem atravessar além fronteiras! O acordo foi selado por vozes manhosas… nas teias que o império tece!

- Será que alguém viu o meu pai… Gepeto?
- Ó Pinóquio! Mas tu não fazes parte desta história… Espera pela tua vez… Sim?
Disse o ignóbil autor deste texto… Haja paciência…