OCINÓRI - A Tasquinha do Irónico

sexta-feira, setembro 22, 2006

NINGUÉM NOS GANHA AOS MATRAQUILHOS

O Vitorino que me desculpe o plágio mas ando a ferver - irritadão, passo a homenagem - com a nova publicidade do BES. O BES é uma empresa sólida, séria, tem uma tradição na Banca e as raízes familiares até têm a sua piada. Não tenho lá conta porque para além de ser demasiado caro, num dos balcões aqui da figueira fui atendido por um selvagem e jurei que nunca mais.
Ora, o BES tem andado com umas publicidades um bocado parvas em que conclui sempre: quem sabe, sabe - e o fulano de tal, é que sabe! Não se devem ter lembrado de nada melhorzito, paciência, é vida.
MAS esta semana espetaram-me na TSF com um tal Rei dos Matrecos que dá 10 a zero aos outros bancos: cartão de débito à borla, cartão de crédito á borla, gestão de conta à borla - é evidente que tudo isto se paga, não é? - mas o cúmulo é o tal Rei dos Matrecos dizer que o Besnet fica de borla.
Saibam que o bes é o unico banco que conheço que se faz pagar desse serviço.
E mais não digo que de tão furioso ainda me arde a posta.

RECEITA

A receita de hoje é como cozinhar uma boa audiência… em prime share!
Arranja-se uma história de blá blá… todos ricos, elegantes e snobs!
Põe-se uma bolinha no canto superior direito a refogar durante meia hora com a história!
A isto, junte-lhe uma boa dose de publicidade, de preferência quase a intoxicar, e vá mexendo em lume brando… para não se agarrar ao seu cérebro!
Acrescente uma pitada das trailer… para dar mais condimento e sonho... e está quase!
Para acabar o cozinhado dê uma fervura rápida para se sentir minimamente excitado com o prato e junte-lhe na altura de ser servido com umas boas mamocas e lingerie para embelezar o prato!
Et voilá!
Já há alguns anos que não me lembrava deste canal fazer serviço público… desde que tiraram o programa semanal da Playboy!
Juro!

(para ser do contra a bolinha encontra-se no canto superior esquerdo!)

O que é o ser sério?

O que é o ser sério?
(ou a arte de um bom envenenamento)

Segundo o preconceituado pelas sociedades ocidentais, que são as que melhor conheço, ou sobre as quais algo vou lendo, ser sério é ser grave, sisudo, insofismável, honesto, probo, sincero, importante, que não ri, and so one, and so one …….. .
Um conjunto de adjectivações que mais não são, em meu entender, que a tentativa de uniformização das mentalidades e visam o cumprimento da vontade única em prol do, diz-se, bem comum.
Por tendência, ou fruto da herança recebida, raramente aceitamos o que não entendemos e quase sempre conotamos quem assim não pensa, escreve ou verbaliza, como alguém desajustado, fora do contexto ou tempo, estigmático-míope e em última instância anormal ou cego.
Deviam abster-se os que não percebem, ou então, ser suficientemente humildes para pedir explicações, esclarecimentos.
Já não precisamos de sair de casa para conhecer, saber ou aprender. Não há cidades de “coltura”, nem Portugal é só Lisboa. Lá vai o tempo em que o conhecimento se reduzia e resumia às quatro paredes de um qualquer mosteiro ou convento.
Não me peçam que não ria quando tudo quanto vejo é uma verdadeira anedota.
Não quero ser importante aqui, nestas terras, onde importante é quem passeia o que rouba ou o que deve.
Não quero ser sincero, com quem não é leal e honesto, com quem mente, com quem e para quem os meios justificam os fins, só porque não é suficiente capaz de chegar onde pretende de uma forma transparente.
Não quero ser sério. Simplesmente não quero.
Deixem-me ser cego e anormal.
O meu nome é Matusalém e passei por essas merdas quando tinha 15 anos.
Mas olha, também te entendo.

quinta-feira, setembro 21, 2006

AI MÃE!

As grandes empresas publicas são reduto de chulos, parasitas e bicharocos sem alma.
O Estado, enquanto capitalista, desempenha um péssimo papel. Gestor odioso, incompetente, chula através de monopólio hipócrita com nacionalismo conveniente.
O movimento sindicalista serve os interesses de si próprio, desligado da realidade. Embriagou-se dos direitos conquistados e impregnou-se de oportunismo. Delegados sindicais chupam até ao tutano benefícios em favor próprio.
CP, PT, EDP, agora a moda das Àguas Municipais e outras empresas municipais: estacionamento municipal, urbanização municipal, transportes municipais, parque industrial municipal, municipal, municipal!. Tudo a fingir. Alguém paga tudo isto. Quem paga a folga que os funcionários da CP tinham (ainda terão?) para ir levantar os salários, coçar as costas ao centro de saude, aviar a receita ao vizinho, regar as couves ao primo? E as folgas dos sindicalistas, para reivindicar o caraças mais velho?
A ADSE quase chega a pagar batons de cieiro e merdas ainda mais desinteressantes – e o sr picanço ficou indignado porque as massagens com algas passaram a custar 400 escudos. Isto é prova de que esta corja está mesmo fora do sítio!
Meio país anda preocupado com o coitado do Mateus e com os anormais da fifa, o outro meio anda fascinado com a novela da sic em que as meninas mostram as maminhas em cada 5 minutos.
Raios partam esta porcaria toda que fico mesmo lixado!
Será a chegada do Inverno?
Ufa.

URBI ET ORBI e para todos nós

Quando fui convidado a escrever no blog, fosse pelo sucesso da minha escrita em Arktikugol, fosse por ser bonito e ter um porte garboso, fosse ainda pelo iate de 30 metros, com o que cedo deparei, foi com a dificuldade que se levanta a quem escreve numa qualquer masmanha tiranculis.
Timoris pró aliquo, falei com o patrão, que nós os ricos conhecemo-nos todos, colocando-lhe o meu infundado e insensato receio, que qualquer insensato receoso e sem fundamento lhe colocaria.
- Quem lê Ocinori?
Se a “Bíblia tinha razão” como nos diz Werner Keller, Ocinori é o repasto dos deuses depois de uma agitada tarde de trabalho, deste buliçoso fim de mundo, habitado por, na sua maioria, demónios de segunda, com pretensões a chefes de claque. Ora, isso abriu logo um enorme leque de possibilidades, que um qualquer escriba provinciano como eu agradece.
Poderia então escrever sobre a quadratura do círculo, mas já tanto se disse sobre os nossos políticos que declinei, radicais quadráticos, naaaaaaa, muito maçador, pensei, pensei, pensei, sem que contudo pusesse em causa o bem estar da enorme quantidade de neurónios, que continuaram a brincar, indiferentes ao excessivo crédito de informação, e ……………
Genial intelectualidade … Ideia.
Esoterismo. Sim, esoterismo. Soa bem, é bonito e não é para todos.
Não querendo esmiuçar excessivamente o tema, que daria seguro para um infindável número de artigos, dada a sua variedade e riqueza, pretendo aqui, tão-somente referir, aquele que em terras lusas, detêm justa e merecidamente o título de Mahatma esotérico.
Zé das pevides. Duma escola de onde saiu a pensadora, para quem o estar vivo não é o mesmo que estar morto, Zé depressa evidencia unguibus et rostro, um esoterismo esotérico paradigmático, podendo em determinadas circunstancias ser também exotérico, como nos explica sabiamente no seu “segredo de justiça, para que e para quem”.
É no entanto no seu “animallis esotericum” que tal capacidade pensadora é catapultada para além leito, deixando Pavlov completamente estonteado com o saber e habilidade deste “Camonis frater”, que deita por terra a campainha e o cão baboso, que nós por cá também possuímos (os boys dos job’s) e se resume de uma forma simples e acessível ao comum dos leitores, na explicação do porque o cão levanta a pata quando demarca o seu território ou a vaca brama para o fardo de palha, ou seja, porque somos o que somos e não somos o que verdadeiramente não somos?
Não se deve o facto ao instinto, não se deve tal coisa à necessidade, mas sim a esotérica razão de que estamos vivos, pois mortos não conseguiríamos, nem nós nem eles, o cumprimento integral de tais façanhas.
Sem duvida, pensamento de um misticismo que a todos apraz registar, e que dignifica o nobre saber ser Português.
Para quem não acredita neste rectângulo atlânticamente plantado, e em quem o habita com um fim próprio, a moral que estas histórias encerram:
“ Não queres uma boa mãe, tens uma má conta no banco “.

P.S. – No próximo artigo escreverei sobre “ a evolução dos símios no deserto salgado de Akikunga, arroz de tomate e carapaus alimados.”

quarta-feira, setembro 20, 2006

MAS O QUE É ISTO?

A nova saga de bandas de música portuguesas a cantar em inglês estão a atingir um verdadeiro auge de sucesso… Para mim não passam de uns míseros e reles reprodutores de acordes musicas com um sotaque nojento de uma língua que não sabem falar! Tenho dito!
Squeeze Theeze Pleeze!
Alguém conhece esta fabulosa banda portuguesa? Então os meus sinceros pêsames!
Não é só esta… Existe muito mais!
O que mais me chamou a atenção foi o single de lançamento do último álbum deste grupo, a canção “Hello My Name Is Joe” é mote à depressão artística, um mote à chungaria brejeira de compositores que florescem como cogumelos na arte de nada saber escrever, dizer ou pensar… Enfim!
Bem, vejamos essa fabulosa letra (com o meu comentário) destas aves raras que podem consultar no seguinte site: http://vagalume.uol.com.br/squeeze-theeze-pleeze/hello-my-name-is-joe.html

“hi, hello (hi e hello… são gagos!)
my name is joe i live next door (o meu nome é joão e vivo na porta ao lado… ok!)
hi ,hello (se existiam dúvidas… a gaguez continua!)
if you need something just ask (se for vizinha já sabemos no que podem ajudar, se for vizinho bem se pode vergar!)
hi, hello (mas quantas vezes é preciso cumprimentar um gajo?)
my name is joe I live next door (já sabemos que te chamas joão e pardais ó ninho!)
hi (és melga!)
I’m your neighbour (uauu! Se vives na porta ao lado é óbvio que és vizinho… uma verdade de La Palisse!)

(acho que estes gajos pensam que o vizinho é mesmo surdo… Toca a repetir!)
hi ,hello
my name is joe i live next door
hi ,hello
if you need something just ask
hi, hello
my name is joe I live next door
hei
I’m your neighbour


(acho que já não é um caso de surdez… é mesmo lerdice! Mas de quem? Vamos voltar a repetir…)
Hello, hello
My name is joe I live next door
Hello, hello
I’m here for you anytime
Hello, hello
My name is joe I live next door
Hello,
I’m your neighbour

(Ok… Consegui descobrir que a lerdice e a burrice foi mesmo de quem escreveu isto… e esta última “parte” deste aglomerado de palavras é realmente um verdadeiro orgasmo a um monte de fezes rodeado de moscas e varejas!)
And if you want me back again one day
‘cause if you want me back again, just say
‘cause if you want me back again…

…”

E assim vai a nossa cultura e música… Por montes e vales de fezes, onde a quem por direito deveria ser reconhecido o seu talento… e vão se encontrando nas esquinas da injustiça e quase anonimato!
Imaginem estes meninos de coro a cantar esta porra de letra em português e de certeza que a maioria das pessoas perguntariam onde fica a sarjeta mais próxima!
Onde está o verdadeiro valor de Palmas, Veigas, Tês, Faustos e tantos outros… Afinal a sociedade consome aquilo que realmente necessita… neste caso… vazio intelectual!
Mas o que é isto afinal?

terça-feira, setembro 19, 2006

VIAGEM AO CENTRO DA TERRA

Pronto, o título é um bocadinho sensacionalista, mas é pra ver se aumentamos as audiências. É que a Floribela e os Morangos lixam-nos o horário nobre.

No passado Domingo participei numa viagem quase ao centro da terra. Descemos muito, andámos por lá, e a subida... ó se custou!
Alevantar cedo da cama e rumar a Góis ao encontro da equipa da Trans Serrano. Adqurir suprimentos na Panificadora e rumar à Ribeira da Pena. Estacionamos os carros junto a um milheiral, empurramo-nos para dentro dos fatos de neoprene e somos transportados até ao ponto da descida para a ribeira. Avolumados com arnezes e capacetes, recebemos um briefing de segurança e descemos, em rappel, a parede de 35 metros na vertical. Aterramos numa reentrância da parede e saltamos para a piscina. Nadamos uns metros e já estamos oficialmente aterrados. Devo dizer que é um rappel muito agradável de fazer, a seco, tem uns metros de suspensão que nunca tinha experimentado. Dá vontade de, em vez de 35, que tenha 50 metros. No poço ainda há a possibilidade de subir a pontos com altura diversa e efectuar saltos espectaculares. Não me atrevi a ir ao mais alto.
Iniciamos, então, o percurso a pé, pelo leito acidentado da Ribeira da Pena. A progressão é difícil e o percurso é bastante acidentado. É nas poças que eu penso que há maior probabilidade de acidentes, comparando com o rappel ou os saltos. É que no rappel há segurança absoluta e tudo o que se faz é medido. Nos saltos, basta fazer pontaria ao alvo e a gravidade faz o resto a 9,8 metros por segundo (eu até acho que é mais, mas este não é o local próprio para discutir leis da Física). Na progressão a pé, o pontapé numa pedra, um apoio deficiente, uma distração pode dar origem a luxações ou hematomas incomodativos; ou um desiquilíbrio que pode resultar num braço partido. Dentro de uma poça, o facto de a àgua enviezar a medição das distâncias, propicia cacetadas dolorosas.
Os monitores, o Nuno e o Paulo (in alphabetical order), para além de nos guiarem pelo trilho, vão contando outras experiências que tiveram, quer na Ribeira, quer em outras actividades em que participaram. Também nos chamam a atenção para alguns pormenores da envolvente verdejante que nos passam despercebidos, como a existência de algumas espécies de vegetação raras e protegidas. Achámos curiosa a quantidade de pequenos sapos que por lá havia e ainda mais as frequentes colónias de hortelã.
E já que estamos em maré ecológica não posso deixar de dar uma palavra de agradecimento aos animais, nomeadamente javalis e ginetas que largaram o seu cócó no trilho que seguimos para sair da ribeira no fim da actividade – e, dessa forma, nos permitiram uma observação cuidada do mesmo. O meu obrigado.
Escusado será dizer – mas digo na mesma – dóói-me quase tudo (inspirado na música do Paulo Gonzo).
Se conseguir scanar fotos decentemente obsequio os caros leitores com algumas.

quinta-feira, setembro 14, 2006

A IMPORTÂNCIA DOS TESTÍCULOS NAS PERNAS ARQUEADAS DOS BANDARILHEIROS

“Iridium est pacotae“ – Júlio César, que é o mesmo que dizer (traduzimos para quem não frequentou colégios internos), se o barril de petróleo sobe mais um euro, estamos tramados.
Não será preciso fazer grandes exercícios (no entanto para quem gosta, y2 + x = 0, ou quatro voltas ao quarteirão) para nos apercebermos da pungente actualidade pragmática da dita afirmação.
Sócrates “o filósofo”, não confundir com Sócrates filósofo, porque este tinha Platão e o outro ainda não descobriram as ciências veterinárias o que tem, é seguramente filho de uma má perna arqueada.
Baseados na mesma análise científica que apregoa o produto que reduz o colesterol, não sei nos outros mas em mim não resultou, constatamos ser esta uma verdade inalienável, uma vez que, se o defeito fosse outro o mundo seria seguramente mais feliz e muitíssimo mais perfeito.
Mas, e há sempre um mas, perguntam vocês:
_ “O que é que uma coisa tem a ver com outra”?
O mesmo que o rato tem que ver com o órgão sexual masculino, só que um tem bigodes e o outro também.
Poderia dissertar durante dias a fio sobre a matéria, só que tornar-se-ia demasiado concomitante e a similaridade deste projecto alternativo sairia seguramente comprometida, arrastando-nos em infindáveis locuções do género voluntas jus suum cuique tribuendi, inenarráveis, só positivas pela experiência advinda da velhice conquistada.
No entanto, como sou homem (este homem com letra pequena deve-se ao facto de querer manter o anonimato) deixem-me rematar (Mantorras, Mundial 2006), que não é de somenos a importância do mote que por sinal titula este lastimoso artiguelho, uma vez que, não fora a bolsa escrotal, o homem bateria constantemente com um joelho no outro, enquanto corre e espeta a farpa e jamais teria coragem para se colocar em frente aos bichos.

quarta-feira, setembro 13, 2006

PONTE DOS ARCOS

Até que enfim que estão oficialmente iniciadas as obras de duplicação da Ponte dos Arcos na Figueira da Foz.
Embora considere uma construção imprescindível e inadiável, preconizo que os próximos tempos sejam complicados em termos de trânsito – e, talvez, até sem razão. A avaliar pela amostra de hoje, já estão instalados os pançudos do costume nas tarefas de direcção.
Ao passar na ponte à hora do almoço vi o trânsito que vinha no sentido contrário a deslocar-se de um colete reflector verde com pernas que, curvado, largava umas pintas brancas no chão. Em antecipação a esta criatura, estava um agente da PSP, também de colete reflector, com uma raquete de ping pong na mão, com um verde de um lado e um vermelho do outro. Ora, eis que o meco da autoridade, ao invés de se fazer valer da ferramenta bicolor para regular o transito, contribuindo, assim, para a prevenção de eventuais incidentes, estava entretido com uma jovem loura de capacete branco – que, pelas características enunciadas, só podia ser engenheira e, por isso, o nosso meco estava tão discentrado da sua função.
O trânsito lá circulava, com mais ou menos ésses.
E não é que em plena hora de ponta, ao fim da jornada laboral, decidiram colocar uns separadores no acesso à ponte e lixaram o transito todo? Tanta estupidez, é dolo!
Pois fiquem sabendo, senhores autoridades, que se houver justiça neste mundo, serão todos magnificamente recompensados se continuarem a, em vez de regular o transito de entrada e circulação numa via perigosa, esconderem-se no fim da rampa para apanhar os gajos que vão a 52 à hora!
Raios.

TASCOS AL-GARB

Na senda daquela que, por alguns instantes, tem sido a palavra de ordem, “abrutalhado”, achei oportuno – diria mesmo incontornável – fabricar uma posta em que abordasse ao de leve (ou au delève) o bonito e profundo tema da restauração, cingindo-me à Região Autónoma do Algarve.
No último periodo em que passei por esta região fui comprar refeições a alguns establecimentos especializados no ramo, sendo certo que não sou adepto da alimentação fora de casa. Enumeremo-los.
Em Vila Nova de Cacela, establecimento sem nome. No dia da feira, uma feira enorme e que vale a pena visitar, na rua principal tentei arranjar uns frangos numa tasca com um assador à porta. Ao entrar, compreendi porque o assador estava à porta. Para além de pequena, a tasca era uma imudisse pegada. A nobre estalajadeira recusou-se a aceitar reservas de frango assado. Arda no inferno.
Em Castro Marim, o Manel D’Água é um tasco com alguma notoriedade e até já teve direito a aparecer na antiga Revista do Expresso. É, sem dúvida, uma tasca conformada com o sucesso. Fecha em dia de festa rija na terra e não serve refeições após as 22:00. E se lá forem às 21:50, cuidado! - é abrutalhado. Não obstante, a comida é bastante boa, não fora a matéria prima colhida naquelas àguas. E tem sobremesas que compensam muito bem a boçalidade de quem as transporta até às mesas.
Em Castro Marim, o Anchova distingue-se pelo pseudo elitismo. Alimentos e receitas tradicionais “nouvelle cozinhadas” têm a sua piada e não fogem muito à dieta meterrânica. O espaço, amplo, é muito engraçado pois está numa antiga fábrica de Anchova. Merece uma visita. Serviço impecável, embora demasiado lento.
Em Vila Real de Santo António, o Joaquim Gomes. É um daqueles tascos em que tudo é despachado, até nós, se não nos pomos a pau. Ninguém deve morrer sem provar os bifes de atum. Uma curiosidade: na clandestinidade, o comunista Carlos Brito (agora estou com dúvidas no nome...), o tal que é de Alcoutim, terá sido aqui empregado. Após o repasto, nada como um passeio no centro de VRSA.
Em Mértola, o Alengarve estava fechado, por isso não tenho nada a dizer. Mas a referência é boa.
Ainda em Mértola, o já mencionado noutra posta, “abrutalhado”, cujo nome não me lembro. Embora muito menos abrutalhado que o Manel D'Água, claro!
Julgo que do Sandes & Companhia do Fórum Algarve dispensamos os comentários.

segunda-feira, setembro 11, 2006

OPS... ENGANEI-ME!!!!

Digo-vos que não sei bem ao certo… o que vai no nosso futebol Português! Mas sei que este senhor enganou-se!
Lembro-me perfeitamente da sua entrevista no Canal 1 sobre o caso Mantorras, onde ele afirmava que tinha recebido mais um envelope (enviado por alguém anónimo) com novos desenlaces no caso do Apito Dourado!
É pá… Face às noticias de sexta-feira no jornal o “Publico” só tenho uma coisa a dizer… O Sr. Vieira enganou-se no envio dos envelopes e mandou o processo dele…
Mas no sábado já enviou o envelope correcto e o Sr. Pinto da Costa já tem mais um outro cabo dos trabalhos às costas…




É bem verdade… o Petit bem protestou com o carteiro mas ele já tinha dado o carimbo nos três selos do envelope enviado por engano…
Neste país o que não falta é um bom circo…

sexta-feira, setembro 08, 2006

AND NOW SOMETHING DIFFERENT

Desde meados do séc. XIX, a Mina de S. Domingos foi explorada por uma firma inglesa e deu origem a uma localidade com o mesmo nome. Chegou a ser a maior mina de pirite da Peninsula Ibérica. Em meados do séc XX a exploração foi abandonada.
Para realizar o transporte do minério foi construida a primeira linha férrea de Portugal – que ligava a mina à aldeia do Pomarão.

Decidimos passar um dia das férias de verão na Mina de S. Domingos. Tem uma bela represa de agua morna e limpa, um areal branco, que provavelmente foi lá parar por camião, uma área de restauração, parque de estacionamento e salva-vidas.
Depois de abobrar umas horas, já com o calor menos sufocante ao fim do dia, embarcámos nas bicicletas com destino ao Pomarão – utilizando o percurso da antiga linha férrea. Os bifes até o ferro levaram prá rainha! A primeira parte do percurso encontra-se com alguma facilidade e o piso é o de uma verdadeira ciclovia, lisinho, de terra batida. Esta etapa é marginal às instalações da mina propriamente dita – entenda-se: chão completamente esventrado, com um aspecto vulcânico. A inclinação é-nos predominantemente favorável.
Uma segunda parte do percurso, não obstante nos ter sido feita uma descrição prévia do que iriamos encontrar, revelou-se irritante e ineperadamente dificil de transpor. O relevo já não é tão favorável e a pista está cheia daquela brita grossa das linhas férreas. Ai que formigueiro nos braços! A bicla aguentou-se de forma exemplar (agora é que percebi o jeitão que dá o amortecedor no espigão do selim!). Para além disto as numerosas pontes que foram contruidas para o comboio poder circular nos enrugamentos da Serra Algarvia (embora nos arrabaldes) foram arrancadas. Quando disse que os bifes sacaram o ferro todo, é linearmente que se deve interpretar. Ou seja, por diversas vezes tivemos que sair do percurso, e transpor com as bicicletas às costas pequenos riachos e respectiva calhauzada. Nota importante para a próxima tentativa: nos pés, em vez de sandália, levar calçado fechado e reforçado na frente.
Bom, eis que o cansaço já era algum e o sol colocou-se a um palmo do chão numa altura em que havia tuneis para atravessar. Tuneis cujo recheio poderia impedir o trânsito, de acordo com informação que nos tinham dado. Atendendo a estas circunstâncias optámos por nos desviar para a estrada (... alcatrão... tão bom!) e apelar à boleia conjugal.
Jantar em Mértola. Infelizmente o Alengarve estava fechado e fomos a um establecimento concorrente, com um serviço abrutalhado (gostei de escrever “abrutalhado”). Abrutalhado.

The End.



P.S. Estas minas são outras: são das que rebentam. E como hoje me sinto espirituoso resolvi deixar aqui um lembrete humanitário.

MAUS MOMENTOS...

Maus momentos todos nós temos. Todos e sem excepção…
Quem é que não passou por aqueles momentos em que nos deixam completamente assentes no absurdo e vergonha?
Quem é que não levou já um raspanete do nosso chefe e vimos a resmungar para a nossa secretária, numa linguagem grunhesca e asneirenta sobre a situação e sobre o superior e… Ele dizer aos berros “EU OUVI ISSO!”
Azar!
Quem é que nunca se esqueceu das chaves de casa… em casa? Ficamos com aquela sensação de que estamos trancados no mundo exterior… É mau! Lá vamos nós aos bombeiros e antes de nos abrirem a porta e sentirmo-nos completos com o mundo… Incha Pacheco… Paga aí! Do you wanna play? You got to pay!
Começa a dolorosa!
Lá indicamos o nosso ninho… E como me sinto deveras importante, liguem a luzes por favor! Ou seja os pirilampos do carro dos bombeiros! Começa o espectáculo, porque a dolorosa já começou há um bom tempo atrás!
Quando queremos descrição pelo nosso esquecimento… A viatura instala-se na via pública, as luzes indicam que a discoteca vibre e o som é o motor que dá força à escada para se elevar…
Quando reparamos, já está a discoteca composta por mirones mas existe sempre uma vizinha esganiçada, a correr ao nosso encontro em altos berros a perguntar o que aconteceu…
Já não basta os pirilampos, os mirones, a vizinha esganiçada… ainda temos a casa completamente desarrumada e a ser invadida por um bom estranho e ver todos os nossos fetiches espalhados pela casa fora! Ai… que vergonha!
E as pombas? Aquelas que se encontram nos centros das cidades, naqueles espaços amplos…
Em tantos dias que falham que algum acertam… até parece que algumas têm um olho anal com mira telescópica e nos transformamos num alvo em movimento! Como nos filmes de snipers! Pum, Pum… C’est mort! Mas o azar não acaba aqui! A seguir temos de apanhar um transporte público e por mais que limpemos, lá continua o cheiro, a mer** e temos toda atenção do mundo! Isto é mau!
E quando estamos finalmente a sós com a pessoa que queremos, num café qualquer, têm sempre de entrar um cromo que conhecemos e por mais que tentemos disfarçar… ele parece que sentiu o nosso cheiro e abanca ali, com a mala, a chaguice e a manta como se estivesse pronto para um piquenique…
A única coisa que conseguimos pensar é… vai-te embora ó melga!
Depois pensamos que não temos sorte nenhuma neste mundo! Arre!
Quem é que nunca esteve à rasca de uma casa de banho porque o camarão caiu mal ou a feijoada estava demasiada apetitosa? Quando entramos na casa de banho com um mão na cintura e a outra no botão das calças, aflitinhos que alguma coisa seja expelida do nosso corpo antes da hora. Nem sequer olhamos para quem lá está! Ficamos completamente cegos… Até que finalmente entupimos a sanita, conspurcarmos o ar e mandamos umas salvas pelo acontecimento (mais parecem rajadas de metralhadora) e ouvimos alguém a elogiar-nos… “Ééé lááá! Grande bomboca!”
Semi do Semi-Azar!
Descobrimos depois que não há papel higiénico e que o telemóvel 3G, com bluetooth, infra vermelhos, toques reais e com leitor MP3, de nada nos serve!
Semi-Azar!
Com a vergonha do momento, abrimos a porta timidamente a ver se encontramos alguém e quando pensamos que a costa está desimpedida, lá está o gajo que ouvi as rajadas a gritar em tons de gozo… “Ei… grande cagada! Estavas mesmo à rasca!”
Azar completo!
Nesta vou ser breve… Num elevador, estamos à vontade e soltamos um “gazinho” chato e fedorento e somos interrompidos por alguém que vai entrar no ascensor! Nem sequer dá para disfarçar!
Ou então… para finalizar… quem é que nunca perdeu ou partiu uns óculos?
Quem?
Nos carrinhos de choque pronto para a diversão… levamos um estoiro na retaguarda do veículo e quando pensamos que nos vai saltar todos os órgãos por ordem alfabética… enganem-se! Saltam mas é os óculos! E andamos ali, durante 5 minutos, a quem nos acompanha, com olhos semi-cerrados para podermos distinguir alguma feição mas sempre dizendo… – SEGUE AQUELE CARRO!
E no fim, levantarmos uns desses carros da maluquice e encontramos um verdadeiro milagre… o da multiplicação!
Duas hastes transformaram-se em cinco!
As duas lentes multiplicaram-se em mais de vinte, fora aquelas que ficaram pelo caminho…
Não é mau… É paupérrimo! Ainda por cima, temos de ir para casa às apalpadelas, porque em Portugal, os buracos são mais que muitos!
Fiquem bem amigos…

terça-feira, setembro 05, 2006

ALUGA-SE OU ARRENDA-SE?

É cada vez mais notório que existe, ou uma grande confusão ou uma propaganda, para tratarmos mal certos termos da nossa língua materna!
Todos nós já ouvimos alguém a dizer que “alugou” a casa de férias e que foi extremamente cara mas férias são férias! ERRADO!
Houve alguém uma vez que me disse, que tinha visto os preços de carros para alugar e pelo que afirmou “-São caríssimos estes carros, só por um dia a renda é enorme!”
Bem… Já não me lembro da minha atitude na altura mas se fosse hoje, espancava-o! ERRADO!
Mas estes não são casos únicos… e para mim o mais grave é que nos jornais (onde devem trabalhar jornalistas(!?) e profissionais da língua Portuguesa) o mesmo erro crasso é cometido, como se de uma invenção extraordinário na nossa linguagem acontecesse! ERRADO!
No dicionário alugar quer dizer tomar de aluguer que por sua vez aluguer designa locação de uma coisa móvel. Relativo a arrendar, quer dizer tomar de arrendamento ou então locação de coisa imóvel!
Como as casas são bens imóveis, logo arrendamo-las!
Tomem tino a estas palavras e comecem a chutar nas pedras das calçadas e não na nossa língua! De certeza que vos vai doer os dedos dos pés… já que a língua não vos dói!
Aqui um grande exemplo de um jornal… (Jornal de Noticias – Classificados OnLine)


sexta-feira, setembro 01, 2006

UMA MULHER IDEAL!

É óbvio que a mulher ideal varia de homem para homem e eu não fujo à excepção… mas podem crer que esta senhora está dentro dos meus parâmetros para me fazer um homem feliz! Uma verdadeira mulher…